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Festa e emoção marcam a abertura da 28ª edição do Cine Ceará

Reitor Henry Campos ao lado da atriz cubana Laura Ramos no momento da entrega do troféu Eusélio Oliveira (Foto: Arlindo Barreto/UFC)São quase três décadas de uma história que se renova e fortalece a cada ano. A abertura da 28ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema, ocorrida na noite do último sábado (4), esteve à altura da trajetória do festival, um dos maiores do gênero no Brasil. O público que lotou o Cineteatro São Luiz se divertiu, se encantou e se emocionou em cada momento da cerimônia.

Um dos homenageados desta edição com o Troféu Eusélio Oliveira, o reitor da Universidade Federal do Ceará, Henry Campos, teve sua trajetória acadêmica e profissional classificada como brilhante e ouviu agradecimentos da organização do evento pelo apoio no fomento à cultura como reitor da UFC.

"Esse troféu é uma grande generosidade. Faço questão de dividi-lo com toda a comunidade da universidade que represento, pois o Cine Ceará é uma grande festa da Universidade Federal do Ceará", disse o Prof. Henry, que salientou a importância do festival como palco privilegiado do diálogo por meio da arte e da cultura. Ele reverenciou a "figura notável de Eusélio Oliveira, que teve seu trabalho continuado e ampliado por seu filho Wolney Oliveira".

Imagem: Renato Aragão ao lado do ator Fábio Porchat e do procurador-geral do Estado, Juvêncio Viana, ao receber o Troféu Eusélio Oliveira (Foto: Arlindo Barreto)Também homenageado com o troféu ‒ recebido das mãos do ator Fábio Porchat ‒, o ator, humorista e cineasta cearense Renato Aragão (o eterno Didi) provocou sorrisos e olhares de admiração, como tem feito ao longo de toda a carreira. Falou da honra de voltar ao Cineteatro São Luiz, onde esteve presente no dia da inauguração, em 1958, para assistir ao filme Anastácia, a princesa esquecida. "Recebi muitas homenagens na vida, mas essa é especial, porque é na minha terra", disse Renato. Segundo ele, o sonho de fazer humor foi fortemente influenciado pelos filmes que viu de Oscarito (1906-1970), considerado um dos maiores comediantes do Brasil.

Veja outras imagens da abertura do Cine Ceará no Flickr da UFC

Renato falou também das dificuldades para realizar os primeiros filmes, mas comemorou, com orgulho, o fato de hoje ter chegado à impressionante marca de 50 produções. "E já estamos fazendo o 51", anunciou. Ele recordou ainda a época em que se formou bacharel em Direito (título obtido na UFC, no início dos anos 1960), mas disse que o sonho de fazer as pessoas rirem falou mais alto e o fez deixar o Ceará. "Minha vontade é ficar aqui para sempre. Hoje em dia estou no Rio, mas meu coração fica aqui com vocês", despediu-se Renato, que quebrou o protocolo para receber no palco um fã cujo sonho era vê-lo de perto e conseguir foto e autógrafo.

Imagem: Grupo de alunos de escolas públicas segurando certificado do projeto Enel Compartilha Animação (Foto: Arlindo Barreto/UFC)FORMAÇÃO ‒ A noite teve também a apresentação do curta-metragem de animação A vila, produzido por estudantes de escolas públicas de Fortaleza, que participaram de oficinas de cinema através do projeto Enel Compartilha Animação e receberam certificados durante a cerimônia.

GRANDEZA DO CINEMA CEARENSE ‒ Diretor da Casa Amarela Eusélio Oliveira (CAEO) ‒ equipamento cultural da UFC ‒ e organizador do Cine Ceará, o cineasta Wolney Oliveira enfatizou a força do cinema cearense. Segundo ele, o Estado se destaca em toda a cadeia do cinema, seja na formação, com vários cursos em universidades e centros culturais, seja na produção, premiada em vários festivais pelo Brasil afora, seja na difusão, "que tem o Cine Ceará como principal palco". Wolney falou ainda da importância internacional do festival, ao citar que o filme chileno Uma mulher fantástica, que abriu o Cine Ceará de 2017, foi contemplado neste ano com o Oscar de melhor filme estrangeiro.

DOR E EMOÇÃO ‒ A cerimônia foi marcada também por uma homenagem ao cineasta Tito Ameijeiras, falecido na manhã do último sábado. Nascido na Argentina e radicado há décadas no Brasil, Tito era uma das figuras mais queridas do Cine Ceará, no qual desempenhava diversas funções. Sua trajetória de ativismo político contra regimes autoritários e de amor pelo cinema foi enaltecida pela organização do evento, que exibiu uma pequena entrevista com Tito. A cineasta Bárbara Cariry leu, emocionada, uma carta-homenagem de seu pai, o também cineasta Rosemberg Cariry, destinada ao amigo Tito. A noite contou ainda com a exibição do longa O barco, do cineasta cearense Petrus Cariry (também filho de Rosemberg), que economizou palavras, emocionado pela perda do amigo. Tito foi aplaudido pela plateia.

O 28º Cine Ceará segue até o próximo sábado (11). A programação completa está disponível no site do festival. Mais informações são obtidas na página do evento no Facebook ou pelo telefone (85) 3055 3465. Toda a programação é gratuita, com acesso mediante apresentação de ingressos, distribuídos nos locais de exibição dos filmes.

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Fonte: Assessoria de Imprensa do Cine Ceará – fone: 85 3252 5401 / e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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