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Cine Ceará abre seminário sobre descentralização da produção audiovisual no Brasil

Imagem: Mesa de abertura do eventoMais que celebrar a sétima arte, o 28º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema se consolida como um espaço de debate sobre políticas de desenvolvimento e sobre o papel das instituições. Por isso, teve início na manhã desta segunda-feira (6), no Hotel Oásis Atlântico, o II Seminário Descentralização da Produção Audiovisual no Centro-Oeste, Norte e Nordeste – CONNE, com programação até esta terça-feira (7).

Na abertura, gestores dos principais órgãos governamentais do setor audiovisual no Brasil tiveram a oportunidade de prestar contas sobre o que tem sido feito para tornar mais igualitária a distribuição de recursos para o cinema nas regiões do CONNE. A abertura do evento foi feita pelo reitor da Universidade Federal do Ceará, Prof. Henry Campos. A UFC, por meio da Casa Amarela Eusélio Oliveira, é a realizadora do Cine Ceará.

"É preciso pensar estratégias para a sustentabilidade do cinema, dos produtores de todas as regiões. Que haja empenho para que as diferenças regionais se reduzam, pois sabemos da riqueza da produção existente", afirmou o reitor.

Há seis anos, foi sancionada no Brasil a Lei nº 12.485, que regulamenta o mercado de TV por assinatura no País e garante a presença da produção audiovisual brasileira na maioria dos canais, estimulando, assim, os produtores nacionais. Os canais que exibem filmes, séries, documentários e animação precisam oferecer pelo menos 3 horas e 30 minutos semanais de obras audiovisuais brasileiras.

Segundo Mauro Garcia, presidente executivo da Brasil Audiovisual Independente (BRAVI), entidade que reúne produtoras das cinco regiões do País, após seis anos da efetivação da chamada Lei da TV Paga, o momento é de "dar um salto" na inserção da produção brasileira no mercado global. "E isso tem a ver com mecanismos de fomento. O momento é de estender, de fazer com que os mecanismos dialoguem com a elevação da qualidade dessa produção", diz.

A lei também estabelece que pelo menos 30% da receita destinada ao audiovisual seja aplicada nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "A lei prevê cotas até 2023. Isso já é amanhã. Temos de conseguir avançar na competitividade, inserir nossa produção no mercado internacional", alerta Garcia.

EDITAL ANCINE – O diretor presidente da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), Christian de Castro, também esteve presente na abertura do seminário. Ele chamou a atenção para temas como sustentabilidade, produção de indicadores que facilitem a tomada de decisões e de correção de lacunas pela ANCINE e capacitação dos empreendedores do setor audiovisual. "Após termos trabalhado com a pulverização de recursos, agora é hora de estimularmos empreendedores mais capazes de competir em nível global. De empresas competitivas vêm projetos bons", revela.

Christian de Castro anunciou que, nesta terça-feira (7), deverá ser lançado edital de R$ 90 milhões de investimentos em produções cinematográficas, dos quais 50% serão destinados aos entes do CONNE (Centro-Oeste, Norte e Nordeste). "A grande riqueza de nosso mercado é a diversidade de nossa cultura", destaca.

Também participaram da abertura do seminário Frederico Mascarenhas, secretário do Audiovisual; Wolney Oliveira, diretor regional do CONNE; e Fabiano Piúba, secretário da Cultura do Estado do Ceará.

O seminário terá continuidade na tarde desta segunda-feira e durante toda a terça-feira, com diversos debates sobre políticas de desenvolvimento e espaços para participação da plateia. A programação completa do evento pode ser vista no site do Cine Ceará.

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Fontes: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331 / Assessoria de Imprensa do Cine Ceará – fone: 85 3252 5401 e e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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