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Nota da Comissão de Direitos Humanos da UFC – Dia da Consciência Negra

No dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, a Comissão de Direitos Humanos da UFC vem afirmar, como parte desta Universidade, a importância da origem africana sobre a nossa cultura, a construção dos nossos costumes e dos valores nacionais. Ao passo que a data nos demanda tão caros agradecimentos, também remete à triste lembrança do passado escravista, crime de lesa-humanidade que perdurou por mais de três séculos em nossa nação.

Esse resgate se faz importante pelo chamamento à consciência da necessidade de juntos(as), na UFC e em outros espaços, refutarmos os preconceitos, o racismo e as discriminações raciais.

As universidades, historicamente, no Brasil, se destinaram à população branca e, há certo tempo, àquela detentora de melhores condições de vida. Já à população negra, mesmo após o escravismo, foi imposta a baixa escolarização. Vivenciamos uma mudança, em tempo recente, no quadro da educação superior, inclusive, devido à efetivação das políticas afirmativas, que ganharam corpo nas universidades públicas através das cotas, contemplando, assim, de forma específica, aluno(as) negros(as), jovens de baixa renda e, também, pessoas com deficiência(s).

A democratização da Universidade é hoje o que mais nos felicita no Dia da Consciência Negra, por representar a possibilidade de mobilidade social para jovens negros(as), muitos deles de baixa renda e únicos, entre os membros da família, a ter tido oportunidade de formação superior.

Sem nenhuma dúvida, muito temos a avançar em defesa da igualdade racial e da superação do racismo em uma sociedade na qual a população negra sempre se manteve à frente nos índices de desemprego, subemprego, baixa renda, baixa escolaridade etc. E, de modo igualmente importante, muito temos que avançar no campo da cultura, no fortalecimento da negritude, da identidade negra e do enfrentamento das práticas racistas cotidianas, violentas, que oprimem e excluem.

Dessa forma, hoje é um dos dias, junto com os outros 364 de todos os anos, em que devemos pôr em movimento a resistência a favor de uma sociedade e de universidades inclusivas e justas. Tal defesa passa, também, pela recusa do arbítrio e pela defesa da democracia e da liberdade.

Comissão de Direitos Humanos da UFC

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