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Contrato para gerenciamento dos Biotérios Central e do NPDM é assinado

Imagem: O reitor da UFC, Henry Campos, e o sócio-administrador da Biotec, Dario Duran Gutierrez (Foto: Ribamar Neto/UFC)Foi assinado nesta quarta-feira (23), na Reitoria, o contrato entre a Universidade Federal do Ceará e a empresa Biotec referente ao gerenciamento do Biotério Central e do Biotério do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM). A contratação desse serviço nos moldes licitados pela UFC é algo inédito no âmbito das instituições federais de ensino e considerado um marco para a investigação científica com animais na Universidade, com impactos em ensino, pesquisa e extensão.

Biotério é como se chama o local onde animais são criados e conservados para que sejam posteriormente utilizados em experimentos científicos. O contrato assinado hoje, no valor aproximado de R$ 7 milhões, terá validade de dois anos. A empresa fornecerá à UFC, no primeiro ano, 140 casais de animais matrizes (ratos e camundongos), dentro dos padrões de qualidade estabelecidos, ou seja, livres de agentes patogênicos específicos.

Também caberá à empresa fazer o gerenciamento da colônia de animais, a manutenção do estoque, o fornecimento de insumos, o controle sanitário, a manutenção preventiva e corretiva da climatização ‒ incluindo o sistema de aquecimento, ventilação e ar condicionado ‒, além da manutenção dos equipamentos dos biotérios, entre outros pontos.

Veja outras imagens da assinatura do contrato no Flickr da UFC

A previsão é que os primeiros animais, vindos dos Estados Unidos, cheguem em dois ou três meses, quando o Biotério Central será reinaugurado, funcionando em novas instalações após a recente ampliação e modernização do equipamento.

Um dos pontos mais importantes do contrato é a transferência de tecnologia, ou seja, além de garantir o funcionamento e a qualidade dos biotérios, a Biotec vai orientar e capacitar servidores da UFC na complexa tarefa de cuidar desses espaços. A ideia é que, após o período de dois anos, a Universidade se torne autossuficiente tanto na criação e reprodução das espécies de ratos e camundongos quanto na manutenção técnica dos biotérios.

VISÃO DE FUTURO ‒ O reitor Henry Campos disse que os biotérios da UFC, em suas novas condições, "qualificam definitivamente a Universidade à altura de sua produção científica". Ele destacou que o trabalho para requalificar o Biotério Central foi iniciado ainda na gestão do ex-reitor Jesualdo Farias (2012-2015) e exigiu esforço redobrado da administração devido ao caráter inovador da licitação e da natureza do serviço a ser contratado. Para o reitor, o novo Biotério Central "é uma das coisas de maior visão de futuro que a UFC já fez nos últimos anos".

Imagem: Assinatura do contrato ocorreu no gabinete do reitor, no Campus do Benfica (Foto: Ribamar Neto/UFC)QUALIDADE E INSERÇÃO INTERNACIONAL ‒ A diretora do Biotério Central, Daniele Bezerra de Sousa, explica que, com as novas instalações e o gerenciamento especializado do biotério, os pesquisadores da UFC poderão trabalhar com animais em maior quantidade e de melhor qualidade. "Serão animais produzidos com o mais alto grau de excelência, de qualidade genética e sanitária. A consequência disso é uma melhoria na quantidade e na qualidade das nossas pesquisas, que terão resultados mais fidedignos", projeta Daniele. O novo modelo de gestão, segundo ela, é um passo importante para que a UFC tenha certificação internacional de seus biotérios, aumentando a aceitação e o impacto das pesquisas no cenário internacional.

O coordenador do NPDM, Odorico de Moraes, ressalta que uma boa estrutura de biotérios é imprescindível para que os resultados das pesquisas cheguem posteriormente aos seres humanos. "Sem um bom biotério, sem bons resultados na pesquisa pré-clínica, não há como fazer uma pesquisa clínica de qualidade. Hoje, a palavra de ordem é a pesquisa translacional, que vai desde a bancada do laboratório, passando pelos animais, até chegar às doenças nos seres humanos, e vice-versa, da doença até a molécula", explica.

Ainda segundo Odorico, os biotérios deverão, em breve, resultar em recursos financeiros para a UFC, através, por exemplo, do fornecimento de animais de qualidade para pesquisas (algo escasso no Brasil) em outras instituições e contratos com a indústria farmacêutica.

PROJETO ESTRUTURANTE ‒ O pró-reitor de Planejamento e Administração, Almir Bittencourt, frisa que a requalificação e o novo modelo de gerenciamento dos biotérios constituem um projeto estruturante com o objetivo de "impulsionar o processo de inserção da UFC na ciência internacional". Ele reforçou que as medidas tendem a gerar para a Universidade, nos próximos anos, uma série de inovações, incluindo patentes e licenciamentos e contribuindo com novas fontes de receita para a Instituição.

O sócio-administrador da Biotec, Dario Duran Gutierrez, diz que a UFC passa a ter "o que há de mais avançado no mundo" em relação a biotérios. De acordo com ele, a empresa dará todo o suporte técnico e fará o acompanhamento dos biotérios em tempo real, com funcionários in loco e também a distância. Com isso, afirma o gestor, os pesquisadores terão mais tranquilidade para se concentrar em suas pesquisas.

A nova estrutura do Biotério Central da UFC teve investimentos da Empresa Brasileira de Inovação e Pesquisa (FINEP) na infraestrutura (Edital CT-INFRA/PROINFRA 2009); da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) na aquisição de equipamentos (Edital Pró-Equipamentos); e da própria UFC, que entrou com recursos na complementação da infraestrutura, na compra de equipamentos e na viabilização do funcionamento (esta última por meio do contrato hoje celebrado com a Biotec).

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional ‒ fone: 85 3366 7331

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