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Debate sobre criminalização da homofobia reúne estudantes e ativistas na UFC

imagem: foto de auditório lotado com pessoas sentadas em cadeiras e no chãoEstudantes e ativistas do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e transgêneros) lotaram o Auditório Rachel de Queiroz, na área 2 do Centro de Humanidades da Universidade Federal do Ceará, na tarde dessa quinta-feira (28), para o II Ciclo de Debates sobre Política Pública e Direitos Humanos: a Criminalização da Homofobia. O evento foi organizado pelo Observatório Nacional da Política LGBT e contou com o apoio da UFC e do Laboratório dos Marcadores Sociais da Diferença (LAMAS).

Na ocasião, foram apresentados diferentes pontos de vista acerca da criação de uma lei que criminalize atos cometidos contra a população LGBT. "Criminalizar a homofobia é uma resposta para a sociedade machista, sexista e heteronormativa. Toda vez que um LGBT é ferido, a Constituição Federal também é ferida", argumentou a advogada Lilian Viana, uma das palestrantes do evento.

Além da advogada, fizeram parte da mesa o ativista Dário Bezerra (Grupo de Resistência Asa Branca – GRAB), a transfeminista Andrea Rossati, a integrante da Articulação Brasileira de Lésbicas, Mitchelle Meire, a transfeminista e escritora Helena Vieira e a representante da Associação de Travestis do Ceará (ATRAC), Thina Rodrigues.

Helena Vieira se emocionou ao falar sobre a criminalidade contra LGBTs. De acordo com a escritora trans, "vidas perdidas estão irremediavelmente perdidas". Ainda segundo ela, além de pensar sobre a criminalização, faz-se necessário refletir acerca da prevenção da criminalidade. "Se há como prever as mortes, há como evitá-las", disse, fazendo alusão às estatísticas que preveem a quantidade de mortes entre LGBTs.

Em meio às falas, o coordenador do observatório, Marcelo Natividade, chamou a atenção para como a ação no Supremo Tribunal Federal (STF) levantou um amplo debate público sobre os direitos dos LGBTs e a necessidade de proteção dessa população pelo Estado.

"Não podemos esquecer que estamos num cenário político hostil às minorias sociais. A ascensão de governos de direita constitui ameaça de retrocessos no campo dos direitos e das políticas sexuais. Temos que ficar atentos e colocar em amplo debate para a sociedade brasileira a necessidade de preservar direitos conquistados e ampliar políticas públicas que possam tratar as populações LGBTs em sua dignidade, igualdade e equidade", disse Natividade.

Fonte: Júnior Ratts, assessor de imprensa do Observatório Nacional da Política LGBT – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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