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Seara da Ciência sedia simpósio e mostra sobre embriologia e patologia fetal

Imagem: Pessoas sentadas nas cadeiras do auditório, formando uma plateia, batendo palmas (Foto: Viktor Braga/UFC)Com a presença de professores, pesquisadores e alunos da Universidade Federal do Ceará e de instituições locais e de outros estados, foram abertos na manhã desta sexta-feira (17), na Seara da Ciência, no Campus do Pici Prof. Prisco Bezerra, o I Simpósio Embriologia 4D e a I Mostra de Embriologia e Patologia Fetal, organizados pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Morfofuncionais da Faculdade de Medicina (FAMED) da UFC em parceria com a Seara. O encontro prossegue até amanhã (18).

Logo no hall de entrada da Seara, na I Mostra de Embriologia e Patologia Fetal, o participante pode ver em detalhes peças naturais e modelos sintéticos de embriões e fetos, que dão ideia da riqueza e complexidade do desenvolvimento da vida humana, com suas perfeições e imperfeições.

Confira outros fotos do evento no Flickr da UFC

No auditório e outras dependências da Seara, ao longo dos dois dias, serão apresentados trabalhos acadêmicos, palestras, mesas- redondas e outras atividades, inclusive de extensão, enfocando embriologia e áreas correlatas como neonatologia, pediatria, ginecologia, odontopediatria, medicina fetal, patologia fetal, obstetrícia, epigenética, bioética, dentre outras.

As palestras que abriram a programação na manhã de hoje (17) foram “Teratologia: do mito à ciência”, com o Prof. José Eduardo Baroneza, da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB); “Desvendando mecanismos da microcefalia induzida pelo vírus zika através de microtomografia e por contraste de raio-x”, com o Prof. José Xavier Neto, da FAMED; e “Desordens do desenvolvimento sexual: da embriologia à clínica”, com o médico Rafael Martins, do corpo clínico pediátrico do Hospital Infantil Albert Sabin. A programação completa está disponível no site do evento.

BALBÚRDIA DE QUALIDADE – "Neste Simpósio, estamos falando do começo da vida. Uma vida que nos dá esperança e uma vida que também nos dá incerteza, como mostram os temas que vocês vão abordar aqui, de crianças com alguma patologia, com problemas e que muitas vezes precisam do nosso engajamento, o engajamento social. Os temas são riquíssimos, serão dois dias intensos nos quais quem ganha é a comunidade acadêmica, quem ganha também é a nossa sociedade, porque daqui partem soluções que são propósitos de uma universidade que faz ciência de qualidade", disse a pró-reitora de Extensão da UFC, Profª Márcia Machado, na abertura do evento.

Imagem: Reprodução de um feto humano dentro da barriga da mãe (Foto: Viktor Braga/UFC)Neste momento em que a universidade pública sofre tantos ataques e cortes orçamentários, ela aproveitou a oportunidade para conclamar os presentes a disseminar o que essas instituições vêm fazendo de bom no ensino, na pesquisa e na extensão. Lembrou que a UFC aparece em rankings como a primeira universidade do Norte e Nordeste.

"E é com muita balbúrdia de qualidade que a gente consegue produzir essa ciência que salva vidas, essa ciência que produz qualidade de vida para nosso povo. E esse é o propósito e será sempre o propósito de uma universidade pública brasileira”, disse.

Também na solenidade de abertura, a Profª Virgínia Girão, do Departamento de Morfologia da UFC e coordenadora-geral dos eventos, fez questão de agradecer o apoio dos envolvidos na realização: Pró-Reitoria de Extensão, FAMED, Seara, Liga Acadêmica de Embriologia e Microscopia Aplicada (LAEMA), Liga de Ginecologia e Obstetrícia (LEGO), Núcleo de Estudos em Pediatria (NEP), Liga de Patologia, Museu de Arte (MAUC), Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional, Fundação ASTEF, Instituto de Cultura e Arte, Curso de Medicina de Sobral, todos ligados à UFC. Citou também a Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e o Museu do Ceará.

Em breve discurso, o Prof. Emmanuel Prata, chefe do Departamento de Morfologia, destacou o “trabalho hercúleo” dos professores para o êxito de eventos como o simpósio e, ao falar sobre o valor da universidade pública, brincou e disse que resumiria afirmando: “hashtag UFC”. A diretora da Faculdade de Medicina, Profª Valéria Goes, falou sobre o planejamento cuidadoso na elaboração do programa do simpósio e ressaltou a Mostra de Embriologia e projetos de extensão que serão apresentados para conhecimento da comunidade.

O diretor da Seara da Ciência, Prof. Ilde Guedes, elogiou o empenho da organização do evento e explicou que aquele espaço de divulgação científica está aberto também a promoções de natureza cultural tanto da UFC quando de “instituições coirmãs”. Além dessas autoridades universitárias que usaram da palavra, fizeram parte da mesa de abertura do simpósio a Profª Geanne Matos, representando a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, e a Profª Antoniela Gomes, do Departamento de Morfologia da UFC.

MOSTRA ACESSÍVEL – A Profª Virgínia Girão explicou que, para além da importância dos temas a serem debatidos no simpósio, a Mostra de Embriologia é uma oportunidade de os participantes verem peças de embriões e fetos humanos típicos, outros com más-formações raras. Dentre essas, ela cita a anencefalia (caracterizada pela ausência do encéfalo e da calota craniana) e fetos ciclopes (que apresentam um único olho).

Muitas das peças em exposição são resultado de abortos ou de natimortos, que estão conservados em formol ou foram plastinadas. Além das peças originais, uma outra parte da mostra reúne modelos sintéticos.

Entre os modelos sintéticos, está uma coleção que apresenta as diversas fases do desenvolvimento embrionário confeccionadas pelo estudante Lucas Gabriel Nunes Andrade, do Curso de Odontologia da UNIFAMETRO, sob orientação dela, para que sejam tocadas pelos cegos.

Outras informações estão no site do simpósio e nas páginas do evento no Instagram e no Facebook.

Fonte: Profª Virgínia Girão, do Departamento de Morfologia da UFC, coordenadora-geral do evento – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço

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