OGMs: UFC tem seu primeiro laboratório com Nível de Biossegurança II

Imagem: Equipe do Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia Marinha, coordenado pelo Prof Diego Wilke, ao centro (Foto: Ribamar Neto/UFC)A Universidade Federal do Ceará agora tem seu primeiro laboratório credenciado com Nível de Biossegurança II para pesquisas com Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). Trata-se do Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia Marinha, do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) e coordenado pelo Prof. Diego Veras Wilke.

O Nível de Biossegurança (NB) corresponde ao grau de contenção necessário para o desenvolvimento de pesquisas com OGM de forma segura e com risco mínimo para o pesquisador e o meio ambiente. São quatro os Níveis de Biossegurança: NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4, em ordem crescente conforme o grau de contenção e complexidade do nível de proteção, de acordo com a Classe de Risco do OGM (I, II, III e IV).

O conceito de OGM engloba todo organismo cujo material genético tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.

A UFC possui, ainda, 11 laboratórios de Nível de Biossegurança I para pesquisas com OGM da Classe de Risco I. No Departamento de Biologia, são eles: os laboratórios de Genética Molecular, o de Ecologia Microbiana e Biotecnologia e o de Bioprospecção de Recursos Regionais. No Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, são: os laboratórios de Metabolismo de Plantas, o de Biotecnologia Molecular, o de Biotecnologia Vegetal, o de Moléculas Biologicamente Ativas e o de Biotecnologia de Proteases Vegetais.

Já no Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, está o Laboratório de Bioinorgânica. E no NPDM estão o laboratório de Citotoxicidade e Toxicogenética e o de Oncologia Experimental.

A certificação dos laboratórios que trabalham com OGMs é uma exigência da Lei n° 11.105/2005, que determina que os projetos só poderão ser desenvolvidos em áreas credenciadas com o Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) emitido pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

"Esse processo de certificação em biossegurança é mais um dos avanços realizados pela instituição nos últimos anos e representa um esforço da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e da comunidade acadêmica, por meio da Comissão Interna de Biossegurança (CIBio), que foi reestruturada em 2016, incluindo a contratação de pessoal especializado para a CIBio", declara o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Prof. Antonio Gomes.

COMO OBTER A CERTIFICAÇÃO – Para obter a certificação, o pesquisador deverá apresentar à Comissão Interna de Biossegurança (CIBio) da PRPPG as informações e a documentação na forma definida pelas Resoluções Normativas da CTNBio por meio do preenchimento dos formulários disponibilizados no site da CIBio-UFC e assegurar que as atividades só serão iniciadas e divulgadas nos meios de comunicação após a emissão do parecer favorável da CTNBio, mediante a publicação do documento no Diário Oficial da União.

Enfatiza-se que o processo de certificação é simples e que todos os envolvidos nessas atividades devem solicitar o credenciamento.

Fontes: Profª Vânia Maria Maciel Melo, presidente da CIBio, e Rúlio Rocha, tecnólogo em Biotecnologia da CIBio – fone: (85) 3366 9944