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LABOMAR monitora impactos ambientais de obras do aterro da Beira-Mar e da Praia de Iracema

Imagem: Pesquisadores do LABOMAR dentro de um barco que está ancorado na praia (Foto: Divulgação/LABOMAR)Iniciadas no fim de setembro, as obras para aumento da faixa de areia na Beira-Mar e na Praia de Iracema, em Fortaleza, são observadas de perto pela Universidade Federal do Ceará. Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) estão monitorando os impactos ambientais decorrentes do empreendimento. 

Desde outubro, o projeto “Estudo e monitoramento dos prováveis impactos sobre o meio ambiente decorrentes da obra de engorda das Praias do Meireles e Iracema, em Fortaleza” acompanha e avalia a dinâmica ambiental dos ecossistemas locais levando em consideração aspectos físico-químicos, geológicos e biológicos. 

A diretora do LABOMAR, Profª Oziléa Menezes, destaca que o estudo pretende verificar como os organismos e o ambiente vão se comportar durante e após o aumento da faixa de praia e no local da jazida de sedimentos. O projeto, ressalta, não tem prerrogativa de fiscalizar a obra. “O escopo do plano de estudo não legisla sobre a obra e não é de competência regimental do LABOMAR/UFC aprová-la ou reprová-la. A atuação do LABOMAR é fazer o monitoramento ambiental do empreendimento”, destaca. 

Imagem: Pesquisadoras do LABOMAR fazendo anotações durante trabalho de campo a bordo de um barco (Foto: Divulgação/LABOMAR)De acordo com ela, 23 pesquisadores, entre estudantes de graduação e pós-graduação, professores e técnico-administrativos do Instituto estão envolvidos no projeto, que deve se estender por 18 meses. Os trabalhos da equipe foram divididos em três etapas para contemplar as variações do ambiente antes, durante e após a dragagem. 

Os estudos são distribuídos em dez programas ambientais que analisam aspectos como: forma de relevo do fundo do mar (levantamentos topobatimétricos), qualidade dos sedimentos e das águas marinhas, hidrodinâmica costeira (características de ondas, correntes e marés), peixes (ictiofauna marinha), plânctons (comunidades fitoplanctônicas e zooplanctônicas), e animais que vivem em rochas e areias (bentos consolidados e inconsolidados marinhos). 

“Com o monitoramento, espera-se acompanhar a evolução da recolonização da praia, como se estabelecerá a nova dinâmica praial (regime de ondas, efeitos de marés, disposição dos sedimentos) e, por fim, reconhecer como este novo ecossistema se caracterizará. Com toda certeza, não será o mesmo ecossistema, um novo equilíbrio dinâmico será estabelecido”, comenta. 

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ‒ Após a realização dos estudos, a ideia é propor ações de compensação ambiental que levem em consideração os resultados obtidos na pesquisa. Já são apontados como sugestões preliminares projetos como: balneabilidade das praias da cidade de Fortaleza; restauração marinha com recifes artificiais como instrumento de reforço ao turismo; maricultura e sequestro de carbono; criação de um santuário subaquático; e instalação de rampa pública de acesso ao mar para auxiliar pescadores e usuários de outras embarcações. 

ENGORDA ‒ As intervenções consistem na criação de um novo aterro na Av. Beira-Mar, que vai do espigão da Av. Rui Barbosa até a Av. Desembargador Moreira, e a engorda do aterro já existente na Praia de Iracema. Juntas, as duas obras resultarão em cerca de 2 quilômetros de engorda, uma área que equivale a aproximadamente 18 quarteirões. 

Fonte: Profª Maria Oziléa Menezes, diretora do LABOMAR  ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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