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Documentário de Wolney Oliveira, diretor da Casa Amarela, é destaque nacional e latino-americano

Wolney Oliveira O documentário Soldados da Borracha, de Wolney Oliveira, cineasta e diretor da Casa Amarela Eusélio Oliveira da Universidade Federal do Ceará, é destaque no cenário cinematográfico nacional e da América Latina. Além da esperada exibição nos importantes festivais de Brasília e de João Pessoa, o longa-metragem é um dos seis brasileiros escolhidos para a mostra competitiva do 41° Festival do Novo Cinema Latino-Americano de Havana, que ocorre de 5 a 15 de dezembro, em Cuba.

A obra resgata a missão dada aos cerca de 60 mil soldados, em grande maioria nordestinos, que foram enviados à região amazônica durante a Segunda Guerra Mundial para extrair látex dos seringais e destiná-lo à indústria norte-americana de armamentos. A eles, foi prometido o retorno para casa no fim da guerra. No entanto, em um contexto de más condições de trabalho e moradia, aliado a epidemias fatais, cerca de 30 mil homens morreram ainda no primeiro ano, e muitos outros não conseguiram voltar para casa, seja por falta de dinheiro para a passagem ou pelas grandes dívidas adquiridas com os donos dos seringais. Nos dias de hoje, os sobreviventes aguardam o reconhecimento como "heróis da pátria" e a aposentadoria equivalente a dos soldados que lutaram durante a guerra.

Na 41° edição do Festival de Havana, o filme concorre, em mostra competitiva, na categoria documentário de longa metragem. Dentre os 21 concorrentes, Soldados da Borracha é o único cearense entre os seis brasileiros. O evento se propõe a reconhecer e difundir obras cinematográficas que contribuam, a partir da sua significação e seus valores artísticos, com o enriquecimento e a reafirmação da identidade cultural da América Latina e do Caribe.

Para Wolney Oliveira, “é uma honra e um prazer participar desse festival, mas o principal é mostrar essa história mundialmente, porque Havana é como um outdoor para o mundo”, explica. Ao todo, entre pesquisas, roteiro e gravações em diversas cidades do Brasil, o tempo de produção da obra foi de aproximadamente seis anos e meio.

Quanto às mostras brasileiras, no dia 2 de dezembro o filme será apresentado no 14º Fest Aruanda do Audiovisual Brasileiro, em João Pessoa. No dia 7 de dezembro, a exibição será no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro 2019.

Anteriormente, o longa-metragem foi premiado como melhor documentário, segundo a Associação Brasileira de Documentaristas (ABD) de São Paulo, na última edição do Festival Internacional de Documentários "É Tudo Verdade". O evento é considerado o mais importante da América Latina e está entre os mais relevantes do mundo.

No Ceará, a obra foi exibida em setembro, durante sessão especial do Cine Ceará - Festival Ibero-americano de Cinema. A intenção é que o lançamento comercial do longa-metragem aconteça ainda no ano que vem.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: (85) 3366 7331/ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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