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Comitê de Patrimônio Cultural atua na valorização do patrimônio material, imaterial e natural da UFC

Imagem: foto da Casa de José de Alencar, em Messejana, com área verde ao redorPara além do ensino, pesquisa e extensão, pilares fundamentais do ensino superior brasileiro, a Universidade Federal do Ceará também tem atuado na promoção e na preservação do patrimônio cultural, histórico e artístico. Desde agosto do ano passado, esse trabalho tem-se consolidado com o Comitê de Patrimônio Cultural (COMPAC) da UFC, aprovado por meio da Resolução nº 25/2019 do Conselho Universitário (CONSUNI). Entre diversas atribuições, o COMPAC é responsável por propor e gerir a política institucional da UFC sobre patrimônio cultural material e imaterial, patrimônio natural e paisagens culturais

Segundo o coordenador do COMPAC da UFC, Prof. Romeu Duarte, o órgão colegiado tem a prerrogativa de propor alguns instrumentos de políticas públicas e de intervenção no campo patrimonial, como tombamentos de patrimônio material, registros de patrimônio imaterial e chancelas de paisagens culturais. Outras ações desempenhadas pelo COMPAC, aponta o docente, envolvem também a conservação e o restauro de bens imóveis, exposições, publicações, entre outras atividades de valorização do patrimônio cultural da UFC. Desde o início da pandemia, é mantida uma rotina de reuniões remotas para dar prosseguimento aos trabalhos do comitê.

"Atuamos nas áreas de patrimônio cultural material (bens móveis, imóveis e agregados, conjuntos urbanos e rurais, sítios históricos) e imaterial (celebrações, formas de expressão, saberes e fazeres e lugares), paisagens naturais e culturais e acervos museológicos, bibliográficos e arquivístico-documentais. Nosso trabalho inicial é o de identificar e documentar o imenso acervo de bens culturais da UFC com vistas à sua valoração e facilitação do nosso trabalho de proteção e promoção", explica Romeu Duarte. Na entrevista a seguir, ele detalha o trabalho do grupo:

ARTICULAÇÃO ‒ Uma frente estratégica de trabalho do COMPAC envolve ainda a articulação interinstitucional da UFC com o conselho estadual e os conselhos municipais de patrimônio cultural, bem como, no âmbito federal, com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Essas parcerias do comitê também podem ser estabelecidas com instituições do setor privado envolvidas na área de patrimônio cultural. "A UFC possui bens culturais materiais e imateriais, além de naturais, que são de interesse de preservação e nos impõem a intensificação desse diálogo", complementa.

PATRIMÔNIO ‒ Nos âmbitos arquitetônico, urbanístico e paisagístico, a UFC possui uma série de bens tombados nas esferas federal, estadual e municipal, enumerados pelo coordenador do COMPAC. A Casa de José de Alencar e o Sítio Alagadiço Novo, em Messejana, são protegidos pela legislação federal. A atual sede da Superintendência do IPHAN no Ceará, situada ao lado do Theatro José de Alencar, no Centro de Fortaleza, é tombada pelo patrimônio estadual e já abrigou os Cursos de Medicina e Odontologia da UFC. Ainda na capital cearense, são de interesse de preservação patrimonial os planos urbanísticos e algumas edificações dos campi do Pici e do Porangabuçu. No Campus do Benfica se destacam a Reitoria da Universidade, o parque modernista, a Casa de Cultura Alemã e os prédios da Faculdade de Direito e da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade (FEAAC).

No interior do Estado, exemplifica o Prof. Romeu Duarte, o Campus da UFC em Quixadá está posicionado em área tombada pelo IPHAN, ao lado do açude do Cedro e do Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá. Uma parte do Campus da UFC em Sobral ocupa instalações da antiga Fábrica de Tecidos no sítio histórico da cidade. "A UFC transformou, com a sua presença, a vida dos bairros e das cidades onde seus campi se implantaram. Temos que ver a nossa Universidade pelo prisma do patrimônio, o que é não só da alçada do COMPAC da UFC, mas também dos seus corpos docente, discente e técnico-administrativo. A UFC é um dos maiores patrimônios do Ceará e do Brasil", conclui.

INTEGRANTES ‒ O Comitê de Patrimônio Cultural da UFC é formado por 22 membros, 11 titulares e 11 suplentes. Atualmente, integram o COMPAC: Prof. Romeu Duarte (coordenador) e Profª Margarida Andrade (suplente), do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design; Prof. Antonio Gilberto Nogueira (titular) e Prof. Mário Viana Júnior (suplente), do Departamento de História; Prof. Christian Oliveira (titular) e Prof. Tiago Cavalcante (suplente), do Departamento de Geografia; Frederico Pontes (titular), Maria Elsanira Oliveira (suplente), Márcia Oliveira (titular) e Saulo Rocha (suplente), da Casa de José de Alencar; Rafael Vieira (titular), Gislene Guerra (suplente), Roberto Moreira Chaves (titular) e Amanda Pinheiro (suplente), do Memorial da UFC; Graciele Siqueira (titular) e Helem Correia (suplente), do Museu de Arte da UFC (MAUC); Ana Isabel Wanderley (titular) e Felipe Lourenço (suplente), da Pró-Reitoria de Planejamento e Administração (PROPLAD) da UFC; Felipe Silva (titular) e Kalline Feitosa (suplente), do Sistema de Bibliotecas da UFC; Natanael Oliveira (titular) e Átila Costa (suplente), da Superintendência de Infraestrutura e Gestão Ambiental da UFC (UFC Infra).

Fonte: Prof. Romeu Duarte, coordenador do Comitê de Patrimônio Cultural da UFC ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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