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Sexta, 26 Junho 2015 14:13

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), órgão de planejamento e análise de políticas públicas do Governo Federal, publicou, neste mês, dois artigos de docentes do Mestrado em Economia Rural (MAER) da UFC. O trabalho "Crescimento pró-pobre? Uma análise para os meios urbano e rural no Brasil" foi publicado na Revista de Pesquisa e Planejamento Econômico (Qualis B1), ao passo que o artigo "Dinâmica da eficiência produtiva das instituições federais de ensino superior" foi veiculado no periódico Planejamento e Políticas Públicas (Qualis B2).

O primeiro texto foi escrito pelos pesquisadores Lilian Lopes Ribeiro (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Funcap), Jair Andrade de Araújo (MAER/UFC) e Débora Gaspar Feitora (UFC-Sobral).

O artigo busca analisar se o crescimento econômico no Brasil tem sido pró-pobre em suas áreas urbanas e rurais. Para isso, os pesquisadores analisaram dados dos censos 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e construíram curvas de crescimento-pobreza. A pesquisa mostrou que apenas o Centro-Sul do País tem tido um padrão de crescimento que beneficia os mais pobres.

Em nível estadual, percebeu-se que 10 Unidades da Federação (UFs) apresentaram crescimento em favor dos menos favorecidos, sendo que, para quatro delas, o crescimento tem sido do tipo trickle-down, ou seja, apesar de contribuir para reduzir a pobreza, a renda dos ricos cresceu em uma proporção maior que a renda dos pobres.

Os dados também permitiram observar como é reduzido o desempenho do crescimento econômico em diminuir a pobreza, com queda da desigualdade nas áreas rurais do País. A pesquisa pode ser acessada na Revista de Pesquisa e Planejamento Econômico.

O segundo artigo foi elaborado pelos pesquisadores Edward Martins Costa (MAER/UFC), Francisco de Sousa Ramos (Universidade Federal de Pernambuco – UFPE), Hermino Ramos de Souza e Luciano Menezes Bezerra Sampaio (Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN).

O texto examina a fronteira de eficiência da educação superior pública federal por meio de uma metodologia denominada análise envoltória de dados (DEA), considerando as instituições federais de ensino superior (IFES) como unidades de comparação. Quarenta e nove IFES foram organizadas em dois subconjuntos, de acordo com as similaridades de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, para minimizar a heterogeneidade existente no setor.

Os resultados das estimações das fronteiras de eficiência dos modelos dinâmicos apontaram escores de eficiência elevados, porém o índice de Malmquist mostrou uma queda de produtividade para a maioria das IFES, indicando que pode estar havendo deterioração do produto educacional ao longo do tempo. A pesquisa pode ser acessada on-line.

Fonte: Prof. Jair Andrade, do Mestrado em Economia Rural (MAER) da UFC – fone: 85 3366 9716