Lançamento de livros reúne comunidade jornalística e homenageia o Prof. Agostinho Gósson

Imagem: Lançamento dos livros-reportagem ocorreu no Centro de Humanidades (Foto: Ribamar Neto)Emoção e orgulho marcaram o lançamento dos livros-reportagem Auri, a Anfitriã: memórias do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa e Na Marca do Pênalti: o sonho de ser jogador de futebol, ocorrido quarta-feira (16), na área 2 do Centro de Humanidades da UFC. Os jovens autores, suas famílias, alunos e professores da Universidade, além de profissionais da comunidade jornalística local prestigiaram o resultado do projeto, que já existe há cinco anos e é uma parceria entre a Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional e o Curso de Jornalismo.

A importância da iniciativa conjunta é também estratégica, segundo o Prof. Nonato Lima, Coordenador de Comunicação Social e Marketing Institucional da Universidade. "Uma ação como essa articula a formação profissional do jornalista, a geração de conhecimento na própria UFC e a contribuição da Instituição para o fomento à transformação social", sintetizou. Já para o Prof. Rafael Costa, Coordenador do Curso de Jornalismo, é muito salutar que a escolha por esse tipo de produto seja cada vez mais uma realidade na reta final da formação dos alunos: "O curso e a Universidade se orgulham muito de vocês autores. E vocês também devem se orgulhar, não só por estarem lançando essas obras, mas por saber que o que vocês produziram é algo de muito valor".

Veja outras imagens do lançamento no Flickr da UFC

O saudoso Prof. Agostinho Gósson (falecido em dezembro último), ex-ouvidor da UFC e professor aposentado do Curso de Jornalismo, foi lembrado diversas vezes durante a mesa-redonda sobre o gênero livro-reportagem, que antecedeu ao lançamento. Um dos convidados e orientador do livro Na Marca do Pênalti, Prof. Ronaldo Salgado relembrou em sua fala que livro-reportagem deve ser encarado como gênero, pois sua complexidade não cabe nos veículos midiáticos tradicionais. "As fontes de inspiração são muitas. Passa pelas anotações do correspondente de guerra Euclides da Cunha, que transformou seus registros de Canudos nos volumes de Os Sertões; passa pela crônica reporteira de João do Rio, na belle époque carioca. E um dos maiores expoentes, reconhecido não só pela qualidade jornalística como literária, é também egresso desse curso, o jornalista Lira Neto", resumiu.

A Profª Mayara de Araújo, além de relatar o processo criativo e de apuração do livro-reportagem Histórias de Beco: quando a poeira assenta, entrevemos rostos, punhos e corações, contou aos presentes que vem fazendo uma pesquisa a respeito da produção de livros-reportagem como produto final do Curso de Jornalismo da UFC, que já ultrapassa 40 obras. Ela foi pioneira em apresentar para avaliação de uma banca trabalho desta natureza. "Ouso dizer que esses 40 e poucos livros representam 40 e poucas angústias. Podem ser uma pauta que você não conseguiu terminar, um tema que você não consegue desenvolver no seu local de trabalho, uma questão que sempre lhe inquietou. As motivações são diversas", ponderou.

Imagem: Capas dos livros "Auri, a anfitriã: memórias do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa" e "Na Marca do Pênalti: o sonho de ser jogador de futebol"AUTORES – Premiada nacionalmente junto com a colega Bárbara Almeida por Auri, a Anfitriã, Aline Moura contou que a ideia para o livro-reportagem surgiu durante uma pauta em seu antigo estágio: fora designada para cobrir o concurso Miss Penitenciária na única unidade prisional feminina do Estado. "O que nos motivou foi a possibilidade de fazer uma crítica ao sistema prisional e aos mecanismos de punição utilizados pela sociedade para com as mulheres. Durante a apuração, vimos que muitas delas têm origem extremamente humilde e não tiveram acesso a direitos básicos. E a grande maioria está lá por ter sido cúmplice no tráfico de drogas", conta a jornalista, que diz ter vivenciado momentos de muita emoção e aprendizado nos corredores do Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa.

Amantes do esporte (mas não só do futebol), Alan Barros e Jéssica Welma começaram a delinear a ideia para o livro em uma disciplina de jornalismo impresso, ministrada pelo Prof. Agostinho Gósson. "A apuração e a escrita de Na Marca do Pênalti foram de longe as melhores experiências que tive em minha vida profissional", revelou o jovem jornalista. E tal experiência envolveu o contato com realidades muito diferentes, partindo da aflição de quem está na "peneira" dos clubes, passando pela frustração de quem não conseguiu se profissionalizar e fechando com o recomeço de quem já alcançou a fama na juventude. "Quando fomos entrevistar o Rômulo, que é o primeiro personagem do livro, fomos a uma região da cidade que nunca tínhamos pisado. Ele vivia com a família em uma área pobre do bairro Genibaú, onde nem ônibus entrava. Era uma casa de dois cômodos, repleta de referências ao futebol", acrescentou Jéssica, ressaltando ainda que esse livro é só o primeiro sonho de muitos.

Tanto Auri, a anfitriã quanto Na Marca do Pênalti podem ser adquiridos diretamente com os autores, através dos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Fonte: Divisão de Marketing e Relacionamento da Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional – fone: 85 3366 7319