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Na UFC, secretária-adjunta de Recursos Hídricos de SP destaca modelo cearense de gestão

Imagem: A secretária-adjunta Mônica do Amaral Porto; o diretor do Colégio de Estudos Avançados da UFC, Prof. César Barreira; o secretário dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Francisco Coelho Teixeira, e Prof. Francisco de Assis Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da UFC (Foto: Jr. Panela/UFC)A secretária-adjunta de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Mônica do Amaral Porto, esteve na manhã desta quinta-feira (20) na Universidade Federal do Ceará, onde relatou "lições da crise" que impactou os sistemas de abastecimento daquele estado em 2014.

Segundo ela, o Ceará foi a inspiração para uma das medidas emergenciais tomadas: o uso do volume morto das represas, ou seja, da reserva técnica de água que fica abaixo dos canos de captação das barragens. "A ideia do volume morto foi copiada do Ceará", lembrou Mônica, que é também livre-docente pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

O Ceará é considerado referência na criação de mecanismos de convivência com a seca, sobretudo no que diz respeito à captação e ao armazenamento de água através da açudagem. O tema "Segurança hídrica e qualidade de vida" foi debatido pela secretária-adjunta e pelo Prof. Francisco de Assis Souza Filho, do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da UFC, em encontro promovido pelo Colégio de Estudos Avançados (CEA) da Instituição.

Veja outras imagens do evento no Flickr da UFC

Imagem: O diretor do Colégio de Estudos Avançados da UFC, Prof. César Barreira, e o Vice-Reitor da UFC, Prof. Custódio Almeida (Foto: Jr. Panela/UFC)A Profª Mônica destacou a importância dos chamados "sistemas de redundância", que criam garantias de abastecimento em episódios de seca. Segundo ela, a partir da crise, procurou-se a interligação dos sistemas de distribuição de água em São Paulo para amenizar os impactos da seca. E lembrou, ainda, que em São Paulo foi criada uma ferramenta de gestão de demanda ao se conceder descontos para quem reduzisse o consumo de água, o que tem freado os gastos até os dias de hoje. "Um ano e meio depois do auge da crise, nosso consumo está estacionado em cerca de 58 metros cúbicos por segundo, em comparação aos 70 de antes", afirmou.

Sobre a realidade cearense, o Prof. Souza Filho fez explanações acerca da variabilidade climática e de chuvas no semiárido, um dos fatores que mais dificultam a gestão hídrica no Estado. "Se todo ano tivéssemos o mesmo 'salário de chuvas', seria mais fácil planejar, mas é essa variabilidade, de anos em que chove muito e anos em que não chove nada, que gera risco", explicou o pesquisador, que é também coordenador do Núcleo de Pesquisa em Águas Subterrâneas, Superficiais e Atmosféricas da UFC.

Souza Filho e Mônica Porto destacaram questões relacionadas à gestão da oferta e da demanda da água, aos incentivos econômicos, à gestão de conflitos relacionados ao uso da água, dentre outras dimensões do tema da segurança hídrica. Participaram do evento, ainda, o secretário dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará, Francisco Coelho Teixeira; o diretor do Colégio de Estudos Avançados da UFC, Prof. César Barreira; e o Vice-Reitor no exercício da Reitoria, Prof. Custódio Almeida.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331

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