Defesa da empatia e do poder transformador da educação dá o tom da segunda colação

Imagem: Karen Kappaun, de 30 anos, pertence à primeira turma do Curso de Gestão de Políticas Públicas da UFC (Foto: Viktor Braga/UFC)Ao fim da tarde, eram inúmeros os sorrisos e poses que se aglomeravam diante de cliques fotográficos nos jardins da Reitoria, eternizando um momento que não deverá sair da memória dos 533 alunos diplomados na segunda noite de colação de grau do semestre 2018.2 na Universidade Federal do Ceará. Entre tantos rostos felizes estava o de Karen Kappaun, de 30 anos, que se formava em Gestão de Políticas Públicas. Primeira a assinar a ata de colação de seu curso, ela sabia o simbolismo que aquele instante carregava.

É que Karen faz parte da primeira turma do curso, que teve início em 2015.1. Ela foi uma das duas únicas estudantes a serem diplomadas na área pela UFC neste semestre, um compromisso que carrega com muita empolgação. "Foi uma experiência bastante desafiadora, numa área muito importante, sobretudo neste momento em que a pauta da profissionalização da gestão pública é tão necessária", avalia.

Bastante atuante, Karen foi uma das fundadoras do centro acadêmico e da empresa júnior do curso, e afirma que a gestão de políticas públicas era exatamente o que esperava. "Esse conhecimento sobre como podemos fazer políticas públicas mais eficientes pensando no bem-estar da população é muito relevante, e a academia tem a função de trazer esse debate para a sociedade", analisa a nova profissional.

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Uma relação forte de carinho e compromisso com o curso também compartilha Bruna Aires da Silva, concludente de Agronomia e oradora discente da noite. Em seu discurso durante a cerimônia, Bruna aludiu ao centenário do curso, celebrado no ano passado: "Cem anos se passaram e tenho o orgulho de ver que hoje o Curso de Agronomia não é mais composto apenas por homens ou filhos de fazendeiros. Mas por mulheres, por pessoas de todas as classes sociais. É composto por gente!", comemorou.

Imagem: Bruna Aires da Silva, concludente de Agronomia, foi a oradora discente da noite (Foto: Viktor Braga/UFC)Bruna falou da importância da UFC em sua vida e na de seus colegas como campo transformador, através do qual eles quebraram as barreiras dos preconceitos e aprenderam a ter empatia pelo outro. Destacou ainda a necessidade de lutar pela universidade pública. "Lutemos! Para que o nosso sonho que hoje se torna realidade possa ser realidade para outros que virão. Lutemos para que o ensino público não seja deixado de lado. Lutemos para que a Universidade não seja apenas uma formadora intelectual, mas que forme seres humanos capazes de se colocar no lugar do outro. Lutemos para que a Universidade sempre tenha voz e vez diante das adversidades que possam surgir pelo caminho", conclamou.

Representando o corpo docente, a Profª Verônica Teixeira Franco Castelo Branco, do Departamento de Engenharia de Transportes, falou em seu discurso da necessidade de cada um buscar sempre a melhoria como ser humano. "Foquem com intensa dedicação naquilo que conversa com a alma de cada um de vocês", desejou. "O que importa é que a profissão que vocês escolheram, escolha que hoje concretizam, seja o meio para que vocês cheguem lá".

Imagem: O corpo docente foi representado pela Profª Verônica Teixeira Franco Castelo Branco, do Departamento de Engenharia de Transportes (Foto: Viktor Braga/UFC)"Nenhum ofício existe senão para o bem de uma sociedade. Com isso em mente, não deixem de praticar a empatia e de seguir espalhando o amor e combatendo o preconceito de toda natureza. Que a ética e a capacidade de cada um dos profissionais que hoje se forma jamais seja medida pela sua cor, gênero ou condição social. Saiam hoje dessa Instituição bem armados, até os dentes, com a mais potente de todas as armas: a boa educação", defendeu.

NOITE INESQUECÍVEL – "Estimados concludentes, esta noite é para ser inesquecível. Guardem no recanto mais precioso de sua memória este cenário, estas pessoas que os cercam, as palavras que aqui foram pronunciadas", solicitou o reitor Henry Campos no início de seu discurso, destacando a obtenção do diploma de graduação como uma das conquistas mais importantes da vida dos presentes até o momento. Com o título, apontou, os agora formados tornam-se habilitados para servir a sociedade na área para a qual sempre se sentiram vocacionados.

Segundo o reitor, a formação de profissionais de alto nível é o que justifica a própria existência da academia. "A universidade, instituição milenar, foi erigida para produzir e disseminar o saber. Ela trabalha para construir um mundo melhor, através do ensino, da criação e da inovação. E esse é um desafio que se atualiza a cada dia", reforçou.

Imagem: Formandos comemoram a nova faseAo falar sobre o processo de expansão da Universidade, que vem sendo registrado nos últimos anos, Henry Campos destacou a transformação da UFC em uma instituição plural, democrática e aberta à diversidade, reforçando seu caráter inovador e sua preocupação em voltar-se à interiorização e, ao mesmo tempo, à internacionalização. "Se, por um lado, nos distinguimos pela concepção educacional, por outro, nos agigantamos como equipamento social", defendeu.

Nessa quarta-feira (16), foram diplomados alunos provenientes de 34 cursos de graduação, dos quais 14 são do Centro de Ciências, 6 do Centro de Ciências Agrárias e outros 14 do Centro de Tecnologia.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331