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Estudantes apresentam projetos inovadores no encerramento da edição 2020 do programa EDU

Estudantes de diferentes cursos da Universidade Federal do Ceará apresentaram, na última sexta-feira (18), uma série de projetos inovadores, desenvolvidos ao longo dos últimos meses no âmbito do programa Empreendedor Digital Universitário (EDU), que promove a aproximação entre universitários e o ecossistema empreendedor. A iniciativa é do Ninna Hub de Inovação, em parceria com o Centro de Empreendedorismo (CEMP) da UFC e a aceleradora de negócios Grow+ Ventures.

Dos 10 projetos que foram selecionados no início do programa, nove são de alunos da UFC ‒ incluindo três do Campus de Quixadá ‒ e um é de um estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). No encerramento da primeira edição do EDU, os estudantes fizeram uma rápida apresentação (conhecida como pitch) de suas ideias e soluções a uma banca que inclui empresários e investidores, que contribuíram com perguntas, observações e sugestões para que os projetos tenham maior potencial de mercado.

Print de tela, com seis subtelas nas quais estão os participantes do evento (Imagem: Reprodução da reunião remota)

"Essa parceria entre o estudante que quer empreender, o setor privado e a academia tem tudo pra dar certo. Se eu pudesse, participaria do EDU de novo", diz Matheus Fernandes do Nascimento Dantas, aluno do Curso de Engenharia de Computação do Campus de Quixadá. Ele é responsável pelo Sitiá, que utiliza a Internet das coisas (IoT) para monitorar dados e, assim, otimizar a produção nos viveiros de camarão. A última sexta-feira foi de conquista para ele e seus sócios, que fecharam o primeiro contrato da empresa ‒ com uma fazenda do município de Acaraú.

Print de tela com a banca de avaliadores do evento, composta por quatro homens e uma mulher, todos sentados em poltronas, formando um semi-círculo (Imagem: Reprodução do evento on-line)

"A sensação é de dever cumprido, mas, ao mesmo tempo, sabemos que precisamos melhorar ainda mais para a próxima edição do EDU, porque queremos ser referência para o Brasil e para o mundo. Num futuro próximo, esses jovens vão estar brilhando e gerando empregos, talvez na própria empresa deles", salienta o Prof. Abraão Saraiva, coordenador do CEMP e da área de Empreendedorismo da Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (PROINTER).

O principal objetivo do programa é estimular e apoiar propostas de empreendimentos inovadores que utilizem tecnologias digitais, envolvendo conhecimentos integrados. A partir disso, a ideia original dos jovens empreendedores é "lapidada" e desenvolvida até evoluir para uma startup ‒ uma empresa em estágio inicial, geralmente de base tecnológica, com grande potencial de crescimento e atuação inovadora.

Logomarca da startup Sitiá, direcionada a otimizar a criação de camarões (Imagem: Divulgação)

Para isso, desde setembro os bolsistas estão em uma jornada de capacitação que inclui aulas com foco em empreendedorismo e competências empreendedoras, modelos e ferramentas de criatividade e estruturação, além de modelagem de negócios e pitch. Em cada fase, os estudantes participam de palestras, workshops, mentorias, vivências em startups que já estão em operação, rodadas de negócios etc. Paralelamente, eles desenvolvem conjuntamente produtos ou serviços que busquem resolver algum problema do mercado e que, ao mesmo tempo, tenham relevância social.

Logomarca do projeto Meu Troco, que busca solucionar o problema da falta de troco em pequenas transações no varejo (Imagem: Divulgação)

"Essa primeira edição foi uma edição de muita aprendizagem e construção, com equipes de diversos segmentos, que vão desde carcinicultura até capacitação para universitários. Contamos também com diversos parceiros que nos ajudaram a construir essa jornada de crescimento e formação de negócio dos nossos bolsistas", diz Lucas Nobre, da área de Inovação do Ninna Hub e que acompanhou os estudantes durante todo o programa.

Nobre destaca que alguns dos bolsistas já conseguiram clientes; outros já concluíram seus protótipos (versões iniciais de produtos). "O programa EDU é uma porta de entrada para o mundo de negócios, então nossa intenção é que quem escolha entrar por essa porta consiga percorrer um caminho com muito engajamento e prosperidade", acrescenta. O edital da segunda edição do EDU deverá ser publicado em janeiro.

Logomarca do projeto Fretejar, que busca ser um ele entre a oferta e a demanda por fretes (Imagem: Divulgação)

SOBRE O NINNA HUB ‒ Trata-se de um hub de inovação, que conecta empresas e startups para desenvolver, juntas, a cultura da inovação, criando e melhorando processos e produtos para gerar impacto positivo no mercado. Além de fomentar startups, busca promover mudanças nas empresas modernas, desenhando modelos de negócios mais eficientes e adaptados à nova economia da era digital. Foi idealizado e fundado pelos empresários Deusmar Queirós e Paulo Baquit.

Veja a lista dos 10 projetos participantes da primeira edição do EDU:

1) Bilíngua ‒ estudante responsável: Karla Regina Alves Dodó, do Curso de Design Digital da UFC (Campus de Quixadá)
Aplicativo de ensino bilíngue para surdos e ouvintes, utilizando gamificação e aprendizagem colaborativa para o processo de aprendizado dos usuários;

2) Fretejar ‒ estudante responsável: Lara Maciel Teixeira, do Curso de Engenharia de Petróleo da UFC
Aplicativo que liga a oferta de serviços de frete à demanda de empresas dos mais variados setores e também de pessoas físicas, que poderão enviar e receber suas entregas de forma acessível, rápida e segura.

3) Save Food ‒ estudante responsável: Elisvelton Firme Teixeira, do Curso de Engenharia da Computação do IFCE
Aplica a Internet das coisas (IoT) na agricultura, fornecendo dados relativos a controle de pragas, bem como a temperatura, umidade e velocidade do vento. As informações são analisadas para subsidiar a tomada de decisão, otimizando, assim, a colheita de diferentes itens alimentícios;

4) Investor Journey ‒ estudante responsável: Anyeli Rubi Rondan Flores, do Curso de Engenharia de Produção Mecânica da UFC
Jogo direcionado a pessoas interessadas em aprender sobre educação financeira, podendo ser adaptado para utilização pedagógica em escolas e universidades;

5) MeuTroco ‒ estudante responsável: Anthony Steffano Moreira Martins, do Curso de Sistemas de Informação da UFC (Campus de Quixadá)
Plataforma que facilita o repasse de troco no varejo, de forma totalmente digital. Aqueles "centavinhos" que eram perdidos nos pagamentos em dinheiro serão armazenados no aplicativo. Assim, os varejistas terão troco para repassar aos seus clientes, os quais terão maior controle de suas finanças, podendo fazer o resgate do dinheiro na plataforma. O produto já está sendo testado por uma rede de supermercados;

6) Un pra Un ‒ estudante responsável: Amanda Ribeiro Beserra, do Curso de Engenharia Química da UFC
Plataforma on-line focada no desenvolvimento de soft skills (competências comportamentais aplicadas à atuação profissional) em universitários, com base em treinamentos diretos e objetivos, contribuindo para que os estudantes superem da melhor forma possível os desafios de um curso superior;

7) Altput ‒ estudante responsável: Mateus Faustino Silva de Lucena, do Curso de Engenharia Elétrica da UFC
A Altput é uma empresa de robótica educacional que oferece uma trilha de aprendizado customizada, de acordo com as expectativas e objetivos de cada aluno;

8) Sitiá ‒ estudante responsável: Matheus Fernandes do Nascimento Dantas, do Curso de Engenharia de Computação da UFC (Campus de Quixadá)
O serviço busca aumentar o percentual de produção e qualidade na carcinicultura (criação de camarões), com base no monitoramento e controle dos principais parâmetros da água, por meio de sondas colocadas em viveiros e berçários. As informações das sondas são salvas e processadas em “nuvem” e depois enviadas para um aplicativo de celular;

9) Validados ‒ estudante responsável: Kaylana Prudêncio Ferreira, do Curso de Estatística da UFC
Busca oferecer, por meio de plataforma on-line, serviços de análises de dados para que um empreendimento se desenvolva e consiga se adequar ao mercado. Entre os serviços estão análise estatística, inteligência artificial, big data, desenho de arquitetura e desenho de governança.

10) Marca Aí ‒ estudante responsável: Felipe de Sousa Barbosa, do Curso de Engenharia Mecânica da UFC
A ideia do aplicativo é ajudar o usuário a organizar melhor um rolê (passeio), encontrando os melhores locais, de acordo com os diferentes perfis de grupos, para facilitar happy hours, aniversários e outras ocasiões em bares, clubes e restaurantes, por exemplo.

Fonte: Prof. Abraão Saraiva, coordenador do CEMP e da área de Empreendedorismo da PROINTER – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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