Professores da UFC são condecorados com prêmio anual da Academia de Ciências de Cuba

Os professores João Paulo Madeiro, José Maria Monteiro Filho, Angelo Brayner, do Departamento de Computação; Paulo Cesar Cortez, do Departamento de Engenharia de Teleinformática, e Carlos Roberto (Cabeto) Martins Rodrigues Sobrinho, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, receberam em abril o Prêmio Anual de 2020 da Academia de Ciências de Cuba e o Prêmio CITMA da Província de Santiago de Cuba, este último entregue pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do país caribenho. 

Os pesquisadores da UFC obtiveram a máxima distinção científica cubana pelo trabalho "Monitorización de señales cardiorrespiratorias: hallazgos, métodos y herramientas" ("Monitoramento de sinais cardiorrespiratórios: achados, métodos e ferramentas", na tradução para o português) na categoria Ciências Tecnológicas. Os agraciados também terão o trabalho premiado publicado na próxima edição da revista científica Anales de la Academia de Ciencias de Cuba.

Capa da revista científica Anales de la Academia de Ciencias de Cuba, um livro azul com a fachada de um prédio antigo

Sob a coordenação do Prof. Carlos Román Vázquez Seisdedos, da Universidade do Oriente (Cuba), o trabalho premiado teve a colaboração de pesquisadores de diversas instituições estrangeiras, como as universidades do Porto (Portugal), Católica de Louvaina (Bélgica), Leicester (Reino Unido) e Lusíada de Angola. O trabalho é um compêndio de produções científicas compreendidas no período de 2005 a 2020 na área de Engenharia Biomédica, com estudos sobre processamento digital de biossinais e funcionamento do sistema cardiorrespiratório.

Segundo o Prof. João Paulo Madeiro, do Departamento de Computação da UFC, o prêmio representa o reconhecimento aos esforços de pesquisa e às parcerias internacionais da UFC para a aplicação de tecnologias computacionais na saúde. Nos últimos 15 anos, essa equipe de cientistas tem desenvolvido algoritmos de inteligência artificial e sensores que, em contato com a pele, medem parâmetros de biossinais e os transformam em informações digitais, compartilhadas na nuvem e em outros dispositivos como celulares e computadores próximos.

Ilustração de um coração humano ladeado por um gráfico

"Nossas pesquisas têm abordado o uso de ferramentas de computação biomédica para auxílio ao diagnóstico médico em cardiologia. Os algoritmos de inteligência artificial e machine learning, a partir de dados extraídos, classificam, reconhecem e preveem anomalias, arritmias, mortes súbitas e outros eventos importantes para a área médica", explica.

Fonte: Prof. João Paulo Madeiro, do Departamento de Computação da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.