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Governo do Estado, UFC e outros entes oficializam cooperação para implantar hub de gás natural

A Universidade Federal do Ceará segue entre as lideranças do processo de expansão das opções energéticas no Estado. Após envolvimento no planejamento institucional e científico (em andamento) para implantação do hub de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), a UFC participou, nessa segunda-feira (17), da solenidade de oficialização da cooperação com a empresa britânica de energia BP Gas & Power Investments, visando à implantação paralela de um hub de gás natural no porto.

Imagem: Da esquerda para a direita: Lúcio Gomes (SEINFRA), Federica Berra (BP), Carlos Décimo (SECITECE), Maia Júnior (SEDET), Izolda Cela (vice-governadora), Prof. Cândido Albuquerque (UFC), Ricardo Cavalcante (FIEC) e Hugo Figueiredo (CEGAS). (Foto: Divulgação/Vice-Governadoria)

O reitor Cândido Albuquerque representou a Universidade no encontro, realizado na sede da Vice-Governadoria, em Fortaleza, e presidido pela vice-governadora Izolda Cela. Além do dirigente máximo da UFC, integraram a reunião o secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado, Maia Júnior; o secretário de Infraestrutura, Lúcio Gomes; o secretário de Ciência, Tecnologia e Educação Superior do Ceará, Carlos Décimo; o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Ricardo Cavalcante; o presidente da Companhia de Gás do Ceará (CEGAS), Hugo Figueiredo; o presidente da BP no Brasil, Mario Lindenhayn; a vice-presidente sênior da instituição, Federica Berra, além de colaboradores da empresa que acompanharam remotamente.

Para Cândido Albuquerque, o Ceará está definitivamente se convertendo em uma referência em matéria de energia, tanto na substituição da matriz energética derivada do petróleo por energias limpas quanto na requalificação da própria energia fóssil, que perdurará um bom tempo ainda, pois a transição não se dará do dia para a noite. "Esse protocolo de intenções hoje assinado refere-se à implantação de um terminal de regasificação de gás natural. Isso trará mais estabilidade a nosso período de transição, por exemplo, no caso de uma escassez de água nas matrizes hidráulicas, muito centrais para o Brasil. Por isso o Ceará quer fazer essa transformação. A localização geográfica privilegiada, próximo da Europa e da África, e a abundância de sol e de ventos estão projetando nosso Estado como uma referência na discussão energética em geral", ressaltou o reitor, lembrando que a UFC é também uma das protagonistas dos empreendimentos de hidrogênio verde no Brasil.

Combustível fóssil armazenado em reservatórios naturais, associados ou não ao petróleo, o gás natural é extraído do solo através de perfuração e, para ser transportado por distâncias transoceânicas, passa por um processo de liquefação para o GNL (gás natural líquido), procedimento que reduz seu volume e facilita o transporte via navio. Chegando aos terminais de onde será distribuído, é necessário regasificar o combustível, adequando-o ao consumo industrial e veicular. É isso que será feito no novo hub, a ser implantado por meio de parceria entre o poder público, empresas privadas e instituições acadêmicas.

Para a vice-governadora Izolda Cela, parcerias como essa serão decisivas para a economia e a sustentabilidade no Ceará e no Brasil. "Aqui no Ceará nós temos trabalhado muito no sentido de posicionar o Estado em uma condição importante, condizente com o potencial que nós temos e se encaixa nessa questão energética. Além de tudo o que isso representa tanto para o desenvolvimento do Ceará mas também para o mundo", afirmou a dirigente, que representou o governador Camilo Santana na solenidade.

Imagem: Vice-governadora Izolda Cela assina memorando de entendimento entre o Governo do Estado, a BP Gas & Power Investments e diversos entes, dentre eles a UFC. (Foto: Divulgação/Vice-Governadoria)

Presidente da BP no País, Mario Lindenhayn assinalou o potencial energético do Brasil, mencionando a recente base de crescimento, que prepara o terreno para a futura transformação energética. "Estamos mapeando oportunidades e trabalhando em conjunto para que o País assuma sua capacidade de desenvolver todo o seu potencial em energias renováveis. Diante disso, o Ceará faz parte de uma região-chave para a nova estratégia da BP. O hub de gás pode possuir capacidade instalada de cerca de 2.2 GW, o que seria suficiente para abastecer 10 milhões de residências e gerar por volta de 5 mil empregos durante a construção", adiantou o executivo.

O grupo britânico é destaque no mundo no setor de energia e está presente em 70 países. Em fevereiro de 2020, a organização anunciou a intenção de ser neutra em carbono até 2050 e de oferecer suporte para que o mundo atinja a mesma marca. A companhia instalou-se no Brasil há mais de 50 anos e atua nos segmentos de exploração e produção de petróleo e gás natural, com distribuição de combustíveis de aviação pela Air BP; lubrificantes por meio da Castrol; comercialização de energia com a BP Comercializadora de Energia, além de atuar em biocombustíveis e bioenergia (BP Bunge Bioenergia), tancagem e logística de combustíveis (OPLA), energia solar (Lightsource BP), geração termelétrica (GNA) e distribuição de combustíveis marítimos (NFX).

Federica Berra, vice-presidente, aponta que o gás tem um papel importantíssimo na transição energética. "Temos a ambição de ser uma empresa neutra em carbono até 2050, e o gás faz parte desse processo. Como importante combustível da transição, o gás agrega confiabilidade ao sistema, compensando a intermitência de algumas fontes renováveis. A longo prazo, vemos o gás descarbonizado como um componente essencial de um futuro neutro em carbono”, vislumbrou.

Em janeiro do ano passado, a BP investiu R$ 1,4 bilhão no Ceará para a implantação de dois parques solares fotovoltaicos nos municípios de Milagres e Icó. A unidade de Milagres entrará em operação neste ano, terá capacidade de 202 MW e receberá um investimento de R$ 600 milhões. Já o parque de Icó, terá potência de 265 MW e um investimento de R$ 820 milhões.

MOBILIZAÇÃO – A assinatura envolveu amplamente o secretariado estadual. Maia Júnior, secretário de Desenvolvimento Econômico, frisou o indiscutível valor desta e de outras parcerias para o Estado. "Acredito que esse terminal seja apenas o início para a BP, o Ceará e o Brasil. Será algo muito importante para o Nordeste. O Ceará hoje é um ambiente bem estruturado para receber empresas globais, é o Estado que mais cresce no Brasil. Estaremos mobilizados para atender todos os processos desse projeto", assegurou.

O Complexo do Pecém, que completa 20 anos em 2022, ainda comemora neste ano a marca de 20 milhões de toneladas de cargas movimentadas em um único ano, fato inédito na história do terminal portuário. Ao todo, 22.417.077 toneladas passaram pelo porto ao longo de 2021, um recorde absoluto para o setor.

A movimentação alcançada pelo Porto do Pecém no ano passado também representa um crescimento de 40,7% em relação ao resultado de 2020, quando a marca alcançada foi de 15,9 milhões de toneladas, o que consolida o terminal portuário cearense como um dos portos que mais crescem no Brasil.

Com informações da assessoria de comunicação da Vice-Governadoria do Estado do Ceará.

Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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