Comitiva diplomática norte-americana visita o LABOMAR e apresenta programa de financiamento para pesquisa

Uma comitiva de diplomatas dos Estados Unidos esteve, na tarde dessa quarta-feira (4), em reunião no Auditório do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará para tratar sobre o financiamento internacional a projetos de pesquisa básica e inovação. No encontro, foram apresentadas as possibilidades de intercâmbio de cientistas brasileiros com os seus pares norte-americanos, além de apoio concedido a pesquisas, conferências e viagens ao exterior. Na visita, a representação diplomática estadunidense contou com membros dos Consulados-Gerais daquele país situados em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Imagem: Fotografia com os três diplomatas da comitiva norte-americana realizando uma apresentação no auditório do LABOMAR.

O Prof. Rodrigo Maggioni, vice-diretor pro tempore do LABOMAR, fez a abertura da reunião, traçando um panorama das atividades de ensino, pesquisa e extensão do Instituto. O docente abordou os trabalhos desenvolvidos nos cursos de graduação em Oceanografia e Ciências Ambientais, no Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, no barco de pesquisa Argo Equatorial e no Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC), localizado na foz do rio Pacoti, em Eusébio (CE).

“Nós temos trabalhado em física, química e geologia nos ambientes marinho e costeiro, com um corpo docente muito versátil e bastante produtivo, com dois cursos de graduação e um corpo técnico fantástico no LABOMAR. Damos as boas-vindas a essa comitiva e agradecemos muito a presença de vocês aqui”, declarou o vice-diretor.

A diretora do LABOMAR, Profª Ozilea Menezes, ressaltou a necessidade de buscar um caminho em comum na área de ciências do mar e nos atrativos para a pesquisa científica oferecidos pela biodiversidade das florestas de manguezais do litoral cearense. A gestora citou ainda a recente visita à Universidade da Flórida, realizada pelo reitor da UFC, Prof. Cândido Albuquerque, e as oportunidades de estabelecer classes internacionais, que reúnam, simultaneamente, estudantes, professores e pesquisadores brasileiros e norte-americanos na Instituição. “Para a nossa comunidade científica brasileira, cearense e daqui da UFC, é extremamente positivo encontrarmos sinergias para que possamos construir projetos em rede. Cada um, na sua competência, pode contribuir para a solução dos problemas da sociedade. A ciência hoje é feita em rede”, afirmou a Profª Ozilea.

Há sete anos, o Departamento de Defesa dos EUA mantém escritórios no Consulado-Geral do país em São Paulo, em parceria com agências de fomento a ciência e tecnologia vinculadas às Forças Armadas norte-americanas. O cônsul executivo de relações públicas Jeffrey Lodermeier, do Consulado-Geral dos EUA em Recife, apresentou toda a comitiva ao público presente. “Estamos esta semana aqui no Ceará com um grupo de diplomatas norte-americanos para assinar memorandos de entendimento com o Governo do Ceará e com a UFC em várias áreas, inclusive na educação, com intercâmbios e outras atividades”, comentou.

Imagem: foto do cônsul dos Estados Unidos, Jeffrey Lodermeire, segurando uma pasta azul com os dizeres "

Em seguida à fala do cônsul, o tenente-coronel Roger Greenwood, diretor do escritório de Ciência e Tecnologia da Força Aérea estadunidense no Consulado-Geral em São Paulo, apontou que as agências procuram investir em projetos inovadores com alto risco, mas com boa perspectiva de retorno em várias áreas do conhecimento. O interesse principal para aporte de recursos não era voltado a temáticas de defesa, segurança ou tecnologias militares, mas a áreas estratégicas de ciências básicas e inovação. Os pesquisadores brasileiros podem submeter pré-propostas a qualquer tempo, em fluxo contínuo, e também podem participar de editais de ciência e tecnologia das Forças Armadas dos EUA.

“Nossas organizações financiam pesquisas nos Estados Unidos e em outros países, porque sabemos que muitas das boas pesquisas no mundo estão fora dos EUA. Nós queremos entender o que está sendo feito para também colaborar em conectar vocês com pesquisadores norte-americanos que estão fazendo coisas parecidas”, explicou Greenwood.

A reunião contou ainda com a participação de Kyle Gustavson, diretor do Escritório de Pesquisa Naval da Marinha norte-americana, do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo; de Rosa Santoni, diretora do Escritório de Pesquisa do Exército norte-americano, do Consulado-Geral dos EUA em São Paulo; do especialista em Educação Stuart Beechler, do Consulado-Geral dos EUA em Recife; e de Rita Moriconi, coordenadora regional de Educação do Consulado-Geral dos EUA no Rio de Janeiro.

Fonte: Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.