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Doutorando da UFC integra estudo na Universidade do Texas, um dos maiores centros de pesquisa de petróleo do mundo

Os intercâmbios são parte relevante das atividades de internacionalização da Universidade Federal do Ceará. Nessa linha, o aluno de doutorado Ivens da Costa Menezes Lima, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFC, realiza parte de sua pesquisa na Universidade do Texas, em Austin (UT Austin), nos Estados Unidos, sobre o desenvolvimento do código de um simulador de grande utilidade para a indústria petrolífera. “Austin tem um dos principais centros de pesquisa de petróleo do mundo e sua parceria com a UFC é um complemento importante no desenvolvimento acadêmico de nossos pesquisadores”, afirma o doutorando.

Em seu projeto provisoriamente denominado "Acoplamento de modelo geomecânico e de fraturas em paralelo em um simulador composicional de reservatórios de petróleo", Ivens da Costa conta com a orientação do Prof. Francisco Marcondes, do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMM) da UFC, e do Prof. Kamy Sepehrnoori , do Center for Petroleum and Geosystems Engineering (CPGE), da UT Austin.

Imagem: Ivens da Costa Menezes Lima elogia a parceria entre a UFC e a Universidade do Texas e vai concluir o doutorado no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFC em 2023.1 (Foto: acervo pessoal)

O projeto, segundo o doutorando, busca promover melhorias no código do simulador UTCOMP, programa originalmente criado na Universidade do Texas e que possui participações de vários alunos, incluindo da UFC, graças à parceria entre as duas universidades ao longo dos anos. O simulador, neste caso específico voltado para a indústria petrolífera, tem como objetivo maior “avaliar como se pode maximizar a produção de petróleo com o menor custo”, diz o pesquisador.

Para ele, “a contribuição desse projeto para a UFC vem na forma de visibilidade internacional no meio científico de reservatórios de petróleo. Uma parceria de mais de 10 anos com uma universidade de prestígio internacional, em um projeto que já rendeu tantas publicações, só tem a agregar benefícios para ambas as universidades e para ambos os grupos de pesquisa”.

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO – As pesquisas científicas sobre reservatórios de petróleo, de acordo com Ivens da Costa, envolvem diversas áreas de estudo: há alunos que estudam os componentes químicos, outros tratam dos poços e há os que trabalham com as reações químicas. No estudo sobre o simulador, ele integra o grupo que pesquisa a física das rochas.

“Elas [as rochas], na maioria dos casos, já possuem fraturas naturais, e, dependendo das condições de produção, essas fraturas podem aumentar de tamanho ou não. O fato de existir fraturas internas nas rochas reservatório altera a maneira como os fluidos escoam por lá. O petróleo flui com muito mais facilidade pelas fraturas que pelos poros da rocha. E esse comportamento deve ser levado em consideração pelo simulador. Então meu trabalho é adicionar ao simulador a capacidade de prever se, sob [determinadas] condições de produção, as fraturas presentes na rocha vão aumentar, ou não, de tamanho. E, caso aumentem, o programa deve avaliar o impacto desse aumento na produção de petróleo”, detalha ele.

O pesquisador ressalta que o estudo tem relevância para empresas exploradoras de petróleo e para o aperfeiçoamento acadêmico. “O projeto, na verdade, é mais voltado para um aspecto da indústria de produção de petróleo. Mas em termos de academia, os alunos envolvidos aprimoram suas habilidades nas áreas de Engenharia de Reservatórios de Petróleo, Programação, Métodos Numéricos etc”, comenta.

DOUTORADO-SANDUÍCHE – Ivens deveria concluir o doutorado neste primeiro semestre de 2022.1, mas pela oportunidade do intercâmbio e, principalmente, em razão da pandemia da covid-19, o prazo foi adiado para 2023.1. No projeto de desenvolvimento do simulador, que conta com financiamento da PETROBRAS, ele trabalha como engenheiro e, para o intercâmbio, recebeu bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Para ele é “maravilhosa” a experiência de trabalhar e pesquisar numa instituição de ponta na área de petróleo como a texana. “São professores e pesquisadores muito bem reconhecidos em suas áreas de atuação e uma infraestrutura que fornece um ambiente e ferramentas necessárias para um bom desenvolvimento de pesquisa. Essa é uma experiência ímpar. A parceria da UFC com universidades desse porte mostra o quanto a pesquisa é levada a sério na UFC, e diz bastante sobre a capacidade de seus professores e pesquisadores”.

Fonte: Ivens da Costa Menezes Lima, aluno do doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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