UFC tem 15 professores nomeados para comitês de assessoramento do CNPq, sendo oito mulheres
- Segunda, 14 Julho 2025 10:21
- Escrito por UFC Informa
Quinze professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) foram nomeados para compor os comitês de assessoramento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); desse total, oito são mulheres. A escolha sinaliza um reconhecimento importante não apenas do currículo desses docentes, mas da excelência da própria universidade.
Separados por áreas do conhecimento, os comitês são responsáveis por avaliar projetos, programas e propostas submetidas a editais, entre outras atividades, além de prestar assessoria ao CNPq em estudos com vistas à formulação de políticas públicas.
Segundo portaria do CNPq de 30 de junho, das oito professoras da UFC que foram nomeadas, cinco assumem os cargos neste ano: Mônica Oliveira Batista Oriá (titular no Comitê de Assessoramento de Enfermagem); Mirian Cristina Gomes Costa (titular no Comitê de Assessoramento de Agronomia); Sueli Rodrigues (titular no Comitê de Assessoramento de Ciência e Tecnologia de Alimentos); Rossana Maria de Castro Andrade (titular no Comitê de Assessoramento de Bolsas de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora); e Carla Freitas de Andrade (suplente no Comitê de Assessoramento de Engenharia Nuclear, Energia Renovável e Planejamento Energético).
As outras três professoras da universidade quem foram nomeadas seguem nos cargos que já ocupavam em seus respectivos comitês, até o fim dos mandatos (em 2026 ou 2027): Mônica Cavalcanti Sá de Abreu (Comitê de Assessoramento de Administração Contabilidade e Economia); Maria Lúcia Magalhães Bosi (Comitê de Assessoramento de Saúde Coletiva e Nutrição); e Kyria Santiago do Nascimento (Comitê de Assessoramento de Biotecnologia).
Somados, os comitês reúnem mais de 300 pesquisadores, entre titulares e suplentes, selecionados de acordo com sua área de atuação e conhecimento. A escolha é feita pelo Conselho Deliberativo (CD) do CNPq, com base em indicações feitas pela comunidade científico-tecnológica nacional. “Então, o fato de ser indicado para um comitê sinaliza que o pesquisador tem certa inserção nacional no seu campo de estudo, tem uma atuação que é referência. E esse reconhecimento, consequentemente, alcança a instituição à qual ele é ligado”, pontua o coordenador de pesquisa da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UFC (PRPPG), Luiz de França Lopes.
Sobre a quantidade de docentes mulheres nomeadas, o coordenador reforça que a equidade de gênero, de raça e regional deve ser buscada em qualquer setor, e na ciência não é diferente. “O CNPq tem buscado isso nas suas políticas, inclusive na composição dos seus comitês. A democratização da ciência passa pela representatividade, é importante que todos os setores tenham essa equidade como objetivo”, observa.
REPRESENTATIVIDADE NA CIÊNCIA - O caso do Comitê de Assessoramento de Enfermagem (CA-EF), por exemplo, é bastante representativo. “O CA-EF agora está composto totalmente por mulheres, somos uma área de maioria feminina. Somos quatro mulheres com diferentes perfis, de diferentes regiões e instituições do país, com contextos familiares diferentes. Aceitamos contribuir com nosso trabalho intelectual para o desenvolvimento da ciência da enfermagem brasileira”, comenta a professora Mônica Oliveira Batista Oriá, do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da UFC (FFOE).
“Ser indicada ao comitê é o reconhecimento de um longo percurso de trabalho, exposição aos pares e construção de networking. Acredito que será uma oportunidade para eu desenvolver uma visão ampliada das políticas públicas de ciência e enfermagem, dos mecanismos de financiamento e das prioridades nacionais da pesquisa. Será um grande aprendizado”, comemora a docente.
“Já institucionalmente, colocaremos a UFC de forma estratégica junto ao CNPq, promovendo maior visibilidade institucional, reforçando o nosso compromisso ético com a ciência e inovação tecnológica, contribuindo decisivamente para a construção de políticas de pesquisa mais integradas às necessidades reais da enfermagem brasileira”, complementa.
Caso completamente oposto é o da professora Mirian Costa, nomeada titular do Comitê de Assessoramento de Agronomia, área de predomínio masculino. “Felizmente, nos últimos comitês de assessoramento passamos a ter uma representatividade feminina bem maior. Isso com certeza tem contribuído para que, nas discussões sobre formulação de critérios para editais, por exemplo, possamos elaborar critérios que não prejudiquem as pesquisadoras”, observa.
Ela cita como caso importante as mudanças realizadas nos critérios das bolsas de produtividade em pesquisa. “Houve a adição de muitos itens, que envolvem a busca pela equidade de gênero, buscando não prejudicar as pesquisadoras que passaram pelo período da maternidade -- algo que traz um impacto em termos de currículo, de produção científica”, ressalta.
Mirian destaca ainda a busca pela equidade regional como fator fundamental para a elaboração de políticas públicas mais justas no campo da ciência. “É preciso ter o conhecimento das questões regionais, daquilo que pode ser uma maior dificuldade para um pesquisador, por exemplo, que atua na região amazônica, na hora de se ponderar aspectos nos processos de avaliação, na hora de olhar com cuidado para o atendimento das cotas ou dos percentuais dos recursos dos editais que devem ser alocados para as regiões norte, nordeste, centro-oeste”, pondera.
MAIS NOMES - Entre os docentes homens da UFC nomeados, quatro assumem o cargo neste ano: Bruno Anderson Matias da Rocha (titular no Comitê de Assessoramento de Biofísica, Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia e Neurociências); Alejandro Pedro Ayala (suplente no Comitê de Assessoramento de Física e Astronomia); Alexandre César Gurgel Fernandes (suplente no Comitê de Assessoramento de Matemática e Estatística); e Luiz Gonzaga de França Lopes (suplente no Comitê de Assessoramento de Química).
Os outros três professores nomeados seguem nos cargos que já ocupavam em seus respectivos comitês, até o fim dos mandatos (em 2026 ou 2027): Charles Casimiro Cavalcante (Comitê de Assessoramento de Engenharias Elétrica e Biomédica); Reinaldo Barreto Oriá (Comitê de Assessoramento de Morfologia); e Carlos Felipe Grangeiro Loureiro (Comitê de Assessoramento de Engenharias de Transportes e de Produção).
Fonte: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação -- (85) 3366.9943