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Pesquisa aponta frutas com elevados potenciais antioxidante e antibacteriano

Imagem: O estudo constatou que a acerola tem altas concentrações de material antioxidante (Foto: site viveiroflorabrasil.com.br) Pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Química da UFC avaliaram os potenciais antioxidante e antibacteriano da polpa de oito frutas tropicais brasileiras. O estudo constatou que a acerola e o açaí foram os campeões em relação às propriedades antioxidantes, importantes na proteção contra doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Quanto à atividade antibacteriana, a fruta de destaque foi o tamarindo.

A pesquisa, desenvolvida pelo doutorando Mário Sérgio de Oliveira Paz em colaboração com pesquisadores do Instituto Politécnico do Porto e do Centro para Bioquímica e Química Fina da Universidade Católica Portuguesa, foi publicada na revista internacional Food Chemistry em 2015 e destaque na edição deste mês na revista da Fapesp.

No trabalho, o pesquisador avaliou as atividades antioxidantes e antimicrobianas da polpa de oito frutas tropicais: açaí, acerola, cajá, goiaba, graviola, manga, abacaxi e tamarindo. A partir de quatro protocolos distintos, o estudo constatou que a acerola e o açaí têm altas concentrações de material antioxidante. Cajá, goiaba, graviola e manga têm índices médios de compostos fenólicos (um componente antioxidante), ao passo que o abacaxi e o tamarindo foram as frutas com menor potencial antioxidante.

Por outro lado, o tamarindo apresentou ação positiva contra todas as bactérias testadas, inclusive alguns dos agentes mais comuns em infecções alimentares, Salmonella e Escherichia coli. O açaí teve uma ação bastante fraca nesse tipo de proteção.

O trabalho chama a atenção para o fato de que a maioria dos estudos que se dedica à análise das duas características atribui a atividade antimicrobiana à presença de compostos fenólicos.

Os resultados com o tamarindo e o açaí, no entanto, apontam uma relação inversa entre as duas propriedades, sugerindo que a atividade antimicrobiana não pode ser atribuída apenas à presença de compostos fenólicos.

Diante disso, esses resultados podem ajudar em outras pesquisas que estudam  compostos antioxidantes e antibacterianos em fontes naturais capazes de auxiliar no desenvolvimento de novos fármacos e na aplicabilidade em outros produtos. A pesquisa está disponível para download.

Fonte: Mario Sérgio de Oliveira Paz, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Química – fone: 85 3366 9981

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