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Ações do Serviço de Hemoterapia da MEAC reduzem os riscos aos recém-nascidos transfundidos

Imagem: Enfermeira atende na UTI neonatal da MEACO serviço de hemoterapia da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), unidade do Complexo Hospitalar da UFC pertencente à rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vem exercendo papel fundamental e indispensável no tratamento e terapêutica de mulheres e recém-nascidos (RN) que necessitam da administração de hemocomponentes para o restabelecimento de sua saúde.

A instituição de um Protocolo de Doador Único, por exemplo, reduziu em quase 40% a exposição dos recém-nascidos a doadores distintos na transfusão de hemácias. Outras ações de grande relevância para a saúde do paciente foram implementadas em parceria com diversos serviços, e os resultados são animadores.

A Agência Transfusional (AT) conta com uma equipe composta de uma médica hematologista e hemoterapeuta, duas enfermeiras e seis técnicos de laboratório, distribuídos nas 24 horas em regime de plantões. A agência atende a todos os setores da Maternidade com o apoio direto do Hemoce, que fornece os hemocomponentes e o material técnico necessário para a realização de uma transfusão segura.

Visando à segurança do paciente, a AT participa periodicamente de auditorias e avaliações de qualidade internas e externas e controle diário de reagentes imuno-hematológicos. "A MEAC conta também com o apoio imprescindível do Comitê Transfusional, implantado desde 2011 e constituído por 18 membros de todos os setores da Maternidade, com formação multidisciplinar. Durante o ano de 2015, foram realizadas nove reuniões e atualmente as reuniões acontecem bimestralmente", explica a chefe da Unidade Transfusional, a hematologista e hemoterapeuta Denise Brunetta.

Entre as ações diversas ações implementadas em 2015, destaca-se o Protocolo de Doador Único. Desde fevereiro de 2015, os bebês com peso inferior a 1.200g, que antes chegavam a receber hemácias de até 50 doadores diferentes, estão recebendo o mesmo volume de, no máximo, 4 a 5 doadores. A utilização do Protocolo de Doador Único para transfusão de hemácias permitiu a redução em 39,2% da exposição dos recém-nascidos a doadores distintos. Já são 57 RN cadastrados até o momento.

Outro grande avanço foi a o Protocolo de Sangue do Cordão, implantado em abril. Essa ação conta com a colaboração do Centro Obstétrico e do Centro Cirúrgico, onde são realizadas as coletas de sangue do cordão de todos os prematuros com menos de 1.500g e/ou 32 semanas e recém-nascidos com indicação de UTI neonatal. Tem por objetivo reduzir a espoliação sanguínea do bebê, ao permitir a coleta de apenas uma amostra do bebê para testes pré-transfusionais até os quatro meses de vida. "Os RN que não se encaixam no protocolo, se necessitarem de transfusão, também se beneficiaram da redução do número de coletas para apenas duas durante a internação", complementa Denise Brunetta.

As informações comporão o relatório da Agência Transfusional e serão divulgadas tanto no Relatório Assistencial 2015, elaborado pela Gerência de Atenção à Saúde, quanto em artigo na próxima edição da Revista MEAC.

Houve uma redução de 23% no uso de hemocomponentes em 2015, em comparação com o ano anterior, sendo mais acentuada na Ginecologia e Obstetrícia, onde houve redução em 1/3 das transfusões. "A redução vem ocorrendo nos últimos três anos e indica o esforço conjunto da Agência e dos médicos para a concretização do uso racional do sangue. O uso racional de hemocomponentes vem sendo alcançado devido aos treinamentos realizados com stafs, residentes, internos e enfermeiros durante os anos e intensificados em 2015", finaliza a hematologista.

Fonte: Unidade de Comunicação Social da Ebserh no Complexo Hospitalar da UFC – fone: 85 3366 8183

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