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Resultado de pesquisa realizada com o Ministério da Justiça é apresentado em Brasília

Imagem: Capa do relatório final da pesquisa Publicidade Infantil em Tempos de ConvergênciaO Grupo de Pesquisa da Relação Infância, Juventude e Mídia (GRIM), vinculado ao Instituto de Cultura e Arte (ICA) da UFC, apresentou, na manhã desta terça-feira (12) o relatório final da pesquisa Publicidade Infantil em Tempos de Convergência. A investigação é resultado de parceria entre o Ministério da Justiça e a UFC.

O evento aconteceu no Auditório Tancredo Neves, localizado no edifício sede do Ministério da Justiça, em Brasília (DF). A solenidade contou com a presença do Ministro de Estado da Justiça, Eugênio José Guilherme de Aragão; da Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira da Silva; e do Reitor da Universidade de Brasília, Prof. Ivan Marques de Toledo Camargo.

A pesquisa foi apresentada pela Profª Inês Vitorino, vinculada ao ICA e coordenadora do GRIM, no painel "Publicidade infantil em tempos de convergência", que, além do grupo de pesquisas da UFC, contou com a participação de outras instituições. No mesmo evento, também foi lançado o Portal de Defesa do Consumidor, iniciativa do Ministério da Justiça.

"Saímos com recomendações para o Estado, para a família, para os professores, para os provedores de internet, para as crianças, entendendo que a questão da proteção e da promoção à infância é uma responsabilidade coletiva e que o Estado deve atuar, na medida do possível, regulando os excessos", explicou, na ocasião, a Profª Inês Vitorino. A pesquisa sugere uma política de co-regulação, harmonizando o direito à proteção com o direito ao acesso à informação, para a publicidade destinada a crianças na faixa de nove a 12 anos incompletos; para aquelas com idade abaixo de nove anos, considera-se que a publicidade seja proibida.

"As recomendações estão em sintonia com o princípio do melhor interesse da criança, consubstanciado na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, e com os princípios protetivos estabelecidos no Código de Defesa do Consumidor", conforme o documento.

Imagem: Relatório final da pesquisa foi apresentado pela Profª Inês Vitorino (ICA/UFC), segunda da esquerda para a direita (Foto: Isaac Amorim/MJ)PESQUISA – Iniciada em 2014, a pesquisa mobilizou a equipe de pesquisadores na realização de grupos focais em todas as regiões brasileiras com crianças estudantes das redes pública e privada de ensino. O objetivo foi analisar a forma como meninas e meninos compreendem a comunicação comercial, levando em conta as estratégias persuasivas adotadas pela publicidade e os impactos desse tipo de relação no desenvolvimento delas. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, que assume uma perspectiva interpretativa, apoiando-se em elementos da análise do discurso para proceder à compreensão da fala das crianças. É a primeira de caráter público e nacional feita no Brasil, englobando aspectos relativos à compreensão da criança, percepção de influências e noção de riscos e oportunidades que a publicidade oferece.

Coordenada pelas professoras Inês Vitorino e Andrea Pinheiro, a iniciativa contou com a participação das então estudantes do Curso de Jornalismo Ágda Sarah Sombra e Chloé Leurquin; dos mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Marina Maia, Nut Pereira e Thinayna Máximo; da doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) Maria Clara Sidou Monteiro; e da pós-doutoranda na Universidade Federal Fluminense (UFF) Pâmela Uchoa Saunders.

Fontes: Profª Inês Vitorino, do Instituto de Cultura e Arte, e Profª Andrea Pinheiro, do Instituto UFC Virtual – fones: 85 99910 4948 e 99982 2669

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