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Projeto da UFC para criação de fitoterápico à base de copaíba é contemplado em edital do CNPq

Imagem: A copaíba tem 26 espécies encontradas no Brasil (Foto: João de Deus Medeiros)A Universidade Federal do Ceará foi uma das seis instituições do País aprovadas em edital de inovação em produtos fitoterápicos, lançado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Coordenado pelo Prof. Edilberto Rocha Silveira, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC, o projeto aprovado visa desenvolver um fitoterápico de baixo custo à base de óleo de copaíba, espécie vegetal que apresenta ação anti-inflamatória e cicatrizante, típica das florestas amazônica e mata atlântica, mas também encontrada no Ceará.

A proposta é desenvolver um produto para utilização em lesões cutâneas, como as escaras, problema recorrente, principalmente, em pacientes com dificuldade de mobilidade física ou idosos de baixa renda, usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro problema comum no Brasil, detectado sobretudo em pacientes do SUS, são as lesões cutâneas ocasionadas pela desidratação da pele, muito frequentes em pessoas idosas, e os consequentes ferimentos causados pelo hábito de coçar. Somam-se a isso outros tipos de lesões, provocadas por queimaduras, por exemplo.

Imagem: O Prof. Edilberto Silveira, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, é o coordenador do projeto (Foto: divulgação)O projeto aprovado pelo CNPq, que já está em andamento, receberá financiamento do órgão e terá duração de três anos. Na UFC, o trabalho integrado e multidisciplinar envolve o Laboratório de Fitoquímica de Plantas Medicinais (LAFIPLAM) e o Laboratório de Polímeros e Inovação de Materiais de Química, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica; o Setor de Produção de Medicamentos e Cosméticos do Departamento de Farmácia; e o Departamento de Farmacologia.

O estudo envolve, ainda, pesquisadores do Laboratório Multiusuário de Química de Produtos Naturais da EMBRAPA e do Departamento de Antibióticos da Universidade Federal de Pernambuco.

SOBRE A COPAÍBA – Existem mais de 70 espécies de Copaifera no mundo, mas o Brasil, com 26 espécies e 8 variedades, é o país que possui a maior diversidade. Embora seja um gênero extensivamente estudado, ainda existem dificuldades na identificação de algumas espécies. A Copaifera langsdorffii é a mais abundante, a mais dispersa e a mais estudada, do ponto de vista fitoquímico e farmacológico, das espécies de Copaifera brasileiras.

O óleo-resina de espécimes de Copaifera langsdorffii, encontradas principalmente nas chapadas da Ibiapaba (norte) e do Cariri (sul), já foi objeto de vários estudos por grupos de pesquisa da UFC, que comprovaram sua atividade cicatrizante e anti-inflamatória.

Imagem: A expectativa é que o fitoterápico desenvolvido auxilie no tratamento de lesões cutâneas (Foto: divulgação/Getty Images)O projeto aprovado pelo CNPq visa à produção de um produto tradicional fitoterápico simples (cujo princípio ativo provém de uma única espécie vegetal), à base de óleo-resina de copaíba. Serão realizadas a caracterização do perfil químico do óleo, a padronização da matéria-prima, a descoberta da concentração ideal de droga vegetal, a preparação de cremes e a execução de testes pré-clínicos.

O sucesso do projeto acarretará benefícios sociais e, principalmente, de saúde pública, através da produção de um fitomedicamento acessível à população de baixa renda, para aplicação em hospitais e postos de saúde do SUS.

Fonte: Prof. Edilberto Rocha Silveira, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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