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MEAC: visita virtual estreita vínculo mãe-bebê com segurança durante a pandemia de COVID-19

Imagem: foto de duas mulheres com roupas hospitalares segurando um bebê recém-nascido observando um tabletTodos os dias, as orações de Vanessa Moreira são para que Layla Vitória vá logo para casa. Esse momento virou seu maior sonho desde que a filha nasceu, no dia 28 de janeiro de 2020. Por uma malformação, a bebê teve de ficar internada e começou aí a jornada de visitas diárias à UTI neonatal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH. A pandemia de COVID-19 e o consequente estado de calamidade pública decretado no Estado foram outra surpresa para a costureira, que compreendeu a restrição da presença de mães no hospital.

A rotina de acompanhamento presencial na maternidade passou por adaptações. O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientaram as instituições hospitalares a adotar algumas medidas a fim de reduzir o fluxo de pessoas dentro das unidades, minimizando os riscos de contaminação de pacientes e trabalhadores. Por isso, "na MEAC, que já tem a humanização muito enraizada na cultura organizacional, buscamos alternativas inovadoras para a manutenção do vínculo paciente-familiar", explica Edson Lucena, gerente de Atenção à Saúde da Maternidade-Escola.

Temporariamente, o acesso de acompanhantes e visitas está limitado, pois a diminuição do fluxo de pessoas fez-se necessária. No caso dos bebês, cuja imunidade é ainda muito baixa, a própria mãe podia vir a ser vetor do vírus. Por isso, a Unidade de Atenção Psicossocial desenvolveu o projeto de visita virtual, que alivia a intensa carga emocional. "A visita virtual é uma tecnologia que, neste momento, tem a função de ser leve, pois favorece a diminuição da distância e aciona a 'microbiota' do amor, além de aumentar a imunidade emocional dessa família que se encontra distante e inundada de fantasias", explica a psicóloga Socorro Leonácio, uma das coordenadoras do projeto.

Vanessa foi, então, uma das primeiras mães a visitar virtualmente um recém-nascido nesse projeto da MEAC. "Eu passava o dia inteiro na UTI com minha filha e chorei muito quando soube que não era mais recomendado ficar. Mas entendi que é para o bem dela", disse. Quando soube que ia ver a filha, mesmo a distância, Vanessa se emocionou. "Foi um grande presente pra mim! Sei que ela está sendo muito bem cuidada, mas tem a saudade, né? Vê-la me ajuda muito", comentou.

Para que encontros como este sejam possíveis, um time de acolhimento e comunicação foi formado por assistentes sociais e psicólogos. A visita consiste numa videochamada realizada de um tablet para o celular da mãe do paciente. Cada uma das unidades de médio e alto riscos é contemplada, pelo menos, uma vez por semana. As famílias são contatadas previamente para agendar o horário de sua visita virtual e as profissionais, devidamente paramentadas com os equipamentos de proteção individual, efetuam a ligação ao lado do bebê. Em média, são realizadas oito ligações por dia.

Vale ressaltar que o boletim médico continua sendo responsabilidade do médico que acompanha o bebê, pelos telefones disponibilizados. "Nossa missão é diminuir a ansiedade dos familiares pela visualização do bebê, orientações e informações recebidas. Isso favorece a confiança na equipe e a segurança acerca do estado de saúde do bebê", explica a assistente social Mara Ribeiro Gomes. Os benefícios são visualizados já no momento da videochamada: os sorrisos de quem está do outro lado, a emoção dos pais e o envolvimento da equipe. Um resultado comemorado por todos que sabem que a distância física é necessária, mas o elo afetivo está mais forte do que nunca.

Fonte: Unidade de Comunicação Social da MEAC ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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