- Quinta, 06 Agosto 2020 11:04
O Projeto Pele de Tilápia, vinculado ao Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM) da Universidade Federal do Ceará, está em condições de enviar todo o estoque de 40 mil centímetros quadrados de pele de tilápia para ajudar no tratamento dos queimados vítimas da explosão no porto de Beirute, no Líbano, que deixou cerca de 5 mil feridos e mais de 100 mortos na última terça-feira (4). Pesquisadores do projeto já se mobilizam para viabilizar a doação.
"Sem dúvida se trata de uma ação humanitária da UFC. É a Universidade fazendo valer seus estudos para colocar à disposição da sociedade, transformando a pesquisa que é feita dentro da Universidade em bem social", afirma o Prof. Odorico de Moraes, coordenador do NPDM. Agora a doação só depende dos trâmites burocráticos envolvendo autoridades brasileiras e libanesas.
O Prof. Odorico de Moraes informa que o núcleo terá a capacidade também de preparar 2 mil peles de tilápia. Essa meta é planejada para o início do próximo ano e o material poderá servir em casos futuros de vítimas de queimaduras em grandes desastres, como o do Líbano, conforme esclarece o coordenador do Projeto Pele de Tilápia e pesquisador do NPDM, o médico Edmar Maciel. Segundo ele, essas 2 mil peles equivalerão a curativos de 8 a 10 centímetros por 15 a 20 centímetros, o que representarão, no total, em torno de 250 mil a 300 mil centímetros quadrados de pele de tilápia.
Pesquisadores do projeto estão mobilizados para viabilizar a doação da pele de tilápia já em estoque. "Temos as peles, produzimos, estão esterilizadas e queremos doar", reforça o médico Edmar Maciel. Mas, para concretizar essa ação solidária da UFC, ele reitera que cabe às autoridades brasileiras resolver os trâmites legais e burocráticos envolvendo os dois países.
O tratamento de queimados com pele de tilápia tem tido muitos êxitos, desde seu início em 2015, com o uso em pacientes do Instituto Dr. José Frota (IJF). Além de ser utilizada em queimaduras, a pele de tilápia, como biomaterial, tem aplicação em feridas, cirurgias ginecológicas e medicina regenerativa.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.