UFC integra pesquisa sobre cobertura nacional de vacinação em crianças nascidas em 2017

Com o objetivo de estimar a cobertura de vacinação em crianças nascidas em 2017 e residentes em áreas urbanas, o Ministério da Saúde iniciou, neste mês, um estudo em 19 capitais brasileiras e em Brasília. Em Fortaleza, a pesquisa é coordenada pela Universidade Federal do Ceará em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e a Secretaria Estadual de Saúde do Ceará.

Proposto pelo Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde, o Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal (ICV) verificará as vacinas aplicadas nas crianças aos 12, 18 e 24 meses de idade. De acordo com os coordenadores da etapa local do estudo, Alberto Novaes Ramos Jr. e Jaqueline Caracas Barbosa, docentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFC, a ideia é coletar dados referentes à vacinação de aproximadamente 1.800 crianças na capital cearense.

Imagem: foto de uma mão feminina segurando uma ampola e seringa de vacina

Para o alcance dessa população, a fonte de dados utilizada é o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC). A amostra de crianças contempla quatro estratos socioeconômicos: elevado, intermediário, baixo e muito baixo. A estimativa é que a pesquisa avalie 452 crianças de cada estrato social.

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Para isso, uma equipe de entrevistadores treinados e uniformizados fará a pesquisa de campo em domicílio. "Esses profissionais passarão de casa em casa, em bairros previamente sorteados, e farão perguntas para a pessoa responsável pelas crianças nascidas vivas no ano de 2017 e incluídas no estudo, como escolaridade dos pais e número de residentes no domicílio. Além disso, a pesquisa irá analisar a caderneta de vacinação das crianças desde seu nascimento até o momento da entrevista. Para tanto, será tirada uma foto da caderneta de vacinação da criança (seja ela atendida por serviços de saúde públicos no SUS [Sistema Único de Saúde] ou pela iniciativa privada)", destaca o Prof. Alberto Novaes.

Na ocasião, serão verificadas informações referentes a todas as vacinas que constam no calendário do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A expectativa é que a fase de campo da pesquisa em Fortaleza comece ainda neste mês. "Estamos na fase preparatória para a realização das entrevistas. Todo esse processo, como o treinamento dos entrevistadores, articulação com as gestões municipal e estadual, divulgação nos meios de comunicação, tem sido feito virtualmente por conta da pandemia", explica Profª Jaqueline Caracas, lembrando que todas as medidas sanitárias serão adotadas para garantir a segurança de familiares e trabalhadores envolvidos na pesquisa de campo.

A pesquisa pretende ainda estimar a proporção de crianças que utilizam serviços privados de imunização; estudar as coberturas vacinais e o perfil socioeconômico das famílias; comparar as doses aplicadas e os dados de produção dos serviços de atenção básica; estudar o acesso aos serviços para obtenção da primeira dose de vacina, e analisar o cumprimento do calendário vacinal levando em conta as idades indicadas pelo calendário do Programa Nacional de Imunização.

O Inquérito Nacional de Cobertura Vacinal tem como coordenador-geral o Prof. José Cássio de Moraes, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, e é financiado pela Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Além de Fortaleza, o estudo ocorre também em Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, João Pessoa, Macapá, Maceió, Natal, Palmas, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, São Luís, Teresina e Vitória.

Fontes: Profª Jaqueline Caracas Barbosa e Prof. Alberto Novaes Jr., do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.