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Comitiva visita Fazenda Raposa, em Maracanaú, para analisar potencial do local e prospectar parcerias

A Fazenda Raposa, unidade avançada do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará em Maracanaú, recebeu ontem (23) a visita de comitiva formada pela administração superior da UFC e por representantes da Prefeitura de Maracanaú e de setores produtivos locais, com o objetivo de fazer um diagnóstico da atual situação da propriedade, analisar seu potencial e prospectar parcerias para revitalização do espaço. Representaram a UFC o reitor, Prof. Cândido Albuquerque; o vice-reitor, Prof. Glauco Lobo; o pró-reitor de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional, Prof. Augusto Albuquerque; a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Profª Sônia Maria Pinheiro; o assessor técnico da Diretoria do CCA, Alípio Leão; o superintendente de Infraestrutura e Gestão Ambiental, Everton Parente; e o assessor do Gabinete do Reitor, Prof. Ademar Gondim.

A Prefeitura de Maracanaú participou por meio do atual prefeito do município, Firmo Camurça; do deputado federal licenciado e prefeito recém-eleito, Roberto Pessoa; do vice-prefeito recém-eleito, Neton Lacerda; do secretário de Desenvolvimento Econômico do município, Antônio Rodrigues Filho; da representante da Secretaria do Meio Ambiente, Cristina Medeiros; e do representante da Diretoria de Meio Ambiente, David Bezerra. A visita também contou com a presença do ex-governador e docente aposentado da Faculdade de Medicina da UFC Lúcio Alcântara; e do empresário Edgar Gadelha, diretor financeiro da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e presidente do conselho deliberativo da organização não governamental Associação Caatinga.

Imagem: Reitor Cândido Albuquerque (ao centro), analisa mapa da Fazenda Raposa com integrantes da comitiva.

O percurso da comitiva foi iniciado pelo galpão original da multinacional Companhia de Ceras Johnson (S. C. Johnson & Son), que se instalou no município em 1937, dois anos após uma expedição do empresário estadunidense Herbert Johnson pelo Nordeste brasileiro. A companhia identificou a cera de carnaúba como um insumo promissor para uso nos produtos da empresa e iniciou produção própria no local onde hoje fica a Fazenda Raposa. Em 1969, a área, que tem 136 hectares com 5,63 quilômetros de perímetro, foi doada pela empresa à UFC, tendo sido administrada pelo CCA desde então. Para o reitor Cândido Albuquerque, o mais importante será decidir a história a ser escrita daqui para a frente, a partir dessa união de forças. “Estamos aqui juntos para fazer este diagnóstico, resgatar a importância deste local para a memória e o patrimônio ambiental da UFC e do Estado”, afirmou. 

Em seguida, os presentes conheceram a área reservada à criação animal e fizeram trilha até as lagoas Raposa e Jupaba, corpos hídricos localizados dentro dos limites da unidade. No caminho, foram apresentados a carnaúbas plantadas pelos herdeiros da S. C. Johnson, quando estiveram na fazenda a fim de refazer a histórica expedição promovida pelo patriarca. De altíssimo valor ambiental, o patrimônio biológico do local é formado principalmente por palmeiras do gênero Copernicia, conhecidas como carnaubeiras, além de outras espécies vegetais típicas da caatinga, como marmeleiro, sabiá, mufumbo, jurema-preta, mororó e pau-branco. Em abril deste ano, a área ecológica ganhou o status de Unidade de Conservação Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, tornando-se Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)

PERSPECTIVAS – O ex-governador Lúcio Alcântara, que há muito acompanha o tema não só como antigo gestor do Estado mas também como professor aposentado da Universidade, disse estar confiante. “Hoje, senti muito boa vontade de todas as partes, tanto da Universidade, que acredito  ser capaz de liderar bem o processo, quanto da Prefeitura de Maracanaú e da iniciativa privada. Agora vamos dar concretude ao sonho que se iniciou com a vinda para cá do fundador da Johnson. Tem tudo para ser uma proposta bem-sucedida”, vislumbrou.

Imagem: Comitiva formada por administração superior, Prefeitura de Maracanaú e setores produtivos posa em frente a galpão industrial.

Segundo a Profª Sônia Pinheiro, o primeiro grande ganho foi tornar a fazenda uma ARIE, o que já dará mais sustentabilidade para preservar a área e continuar com as pesquisas nela desenvolvidas, tanto de trabalhos de conclusão de curso quanto de mestrado e doutorado. “O maior desafio é o fato de a fazenda ser localizada quase em área urbana, o que faz com que enfrente constantemente ameaças como incêndios e outros danos da ação do homem. Agora que o Estado oficializou essa proteção, o próximo passo deve ser conseguir recursos financeiros para efetivar essa conservação e poder melhorar cada vez mais as pesquisas e estudos”, afirmou a diretora do CCA.

Em sua exposição, o reitor citou iniciativas bem-sucedidas nos aspectos de prospecção de parcerias e sustentabilidade, como o Centro de Estudos Ambientais Costeiros (CEAC), unidade do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) em Eusébio, fundamental no recém-firmado Pacto pelo Pacoti. “Um dos encaminhamentos deste encontro será a formação de um grupo de trabalho para, dentro de um prazo ainda a ser definido pela administração superior, elaborar o projeto de revitalização. E aqui já foram sugeridas várias ideias, como criação de um museu, delimitação de trilhas, dentre outras ações com impacto positivo nas áreas educativa, ambiental e de gestão”, finalizou o Prof. Cândido Albuquerque.

Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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