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Inovação: UFC é 12ª instituição sediada no Brasil que mais depositou pedidos de patente em 2020

A Universidade Federal do Ceará foi a 12ª instituição, entre as sediadas no Brasil, que mais depositou patentes de invenção no País em 2020, de acordo com ranking divulgado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). No total, foram 35 patentes do tipo depositadas pela UFC no período. O resultado representa um avanço de 17 posições em relação ao levantamento de 2019, quando a Universidade depositou 20 patent​es e ocupou a 29ª colocação.

O ranking considera não apenas as universidades mas todas as instituições – públicas e privadas – que depositam patentes no Brasil. A primeira colocação ficou com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), com 96 depósitos, seguida pela PETROBRAS e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com 79 e 74 depósitos, respectivamente.

Imagem: pesquisador em laboratório da UFC

De acordo com dados da Coordenadoria de Inovação Tecnológica (UFC Inova), o Centro de Ciências foi a unidade acadêmica que mais registrou patentes no ano passado, com 16 solicitações, das quais 7 do Departamento de Física, 8 do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica e 1 do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular. Em seguida vem o Centro de Ciências Agrárias, com 8 registros, 6 deles do Departamento de Engenharia de Alimentos e 2 do Departamento de Engenharia Agrícola.

Destaque também para o Campus de Sobral, com 4 solicitações. Completam a lista o Centro de Tecnologia, a Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem (FFOE) e o Instituto de Cultura e Arte (ICA) ‒ todos com 2 registros ‒, e o Campus de Quixadá, com 1 registro.

ALÉM DA PROTEÇÃO DE ATIVOS ‒ A gestora da UFC Inova, Carolina Matos, reconhece a importância do ranking e, ao mesmo tempo, enfatiza que a política de inovação tecnológica da UFC vai muito além da proteção de ativos.

"O ranking de 2020 acaba coroando um trabalho que foi reforçado em 2019, com toda uma remodelação da gestão de ativos na UFC, pautada no tripé formado por: proteção de ativos, com mentorias específicas aos pesquisadores, mesmo durante a pandemia de covid-19; regularização de direitos, com busca ativa e regularização de cotitularidades junto a outras instituições, trazendo maior segurança jurídica; e transferência de tecnologia, dos quais são exemplos o Natchup e o Elmo", diz a gestora.

Segundo Matos, "coisas melhores ainda virão", sobretudo com medidas internas atualmente em curso, que buscam aperfeiçoar a interação da UFC ‒ enquanto instituição científica e tecnológica (ICT) ‒ com as empresas, aumentando a inserção social do que é pesquisado na Universidade.

O melhor desempenho da UFC no ranking do INPI foi a quarta colocação, com 58 patentes, obtida em 2016, ano da criação da Política de Inovação da Instituição, que deu competências e estruturação mínimas ao Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT).

Imagem: Pesquisadora em laboratório na UFC observa experimento

ANÁLISE ‒ Lívia Queiroz, diretora da Divisão de Suporte à Propriedade Intelectual da UFC Inova, diz que a oscilação no ranking ao longo dos anos pode ter análises múltiplas. Uma delas, explica a diretora, está relacionada à "maturidade dos pesquisadores e da UFC Inova, enquanto Núcleo de Inovação Tecnológica da UFC, de perceber que muitos dos resultados da pesquisa não são necessariamente invenções passíveis de proteção como ativos de propriedade intelectual, mas que possuem aspectos de inovação tecnológica e, por conseguinte, valor de e para o mercado".

Queiroz também pondera que é preciso levar em conta demais indicadores relacionados à inovação tecnológica, como contratos de licenciamento, tecnologias desenvolvidas, número de acordos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) e seus impactos, entre outros.

OUTROS ATIVOS ‒ Além dos 35 depósitos considerados no levantamento do INPI, a UFC participou do desenvolvimento de mais 4 inventos cujas patentes foram depositadas pelas respectivas instituições parceiras. Entre eles está o Elmo ‒ capacete de respiração assistida desenvolvido por meio de um consórcio interinstitucional ‒, cuja patente foi depositada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI-CE).

A Universidade registrou mais 2 solicitações ao INPI, uma do tipo "programa de computador" e outra do tipo "patente de modelo de utilidade", totalizando 41 ativos de propriedade intelectual protegidos que têm a UFC como, pelo menos, uma das titulares.

Após a patente ser depositada, o INPI geralmente leva alguns anos para analisar o pedido e conceder ou não a carta patente. A UFC obteve sua primeira patente em setembro de 2019. Desde então, uma série de outros registros da Universidade foi aprovada, totalizando atualmente 20 patentes.

Informações sobre os diferentes tipos de patente e o passo a passo para depositar um pedido de patente por meio da UFC estão disponíveis no site da UFC Inova.

Fonte: Ana Carolina Matos, coordenadora de Inovação Tecnológica da UFC ‒ e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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