Procurar no portal

UFC participa de reunião com o Governo do Estado e Banco Mundial para discutir transição energética do Ceará

A Universidade Federal do Ceará participou, nessa quinta-feira (10), da Missão de Pré-Identificação do Projeto de Transição Energética do Estado do Ceará, projeto do Banco Mundial que visa apoiar a mudança de fonte energética do estado. A reunião on-line contou com a participação dos reitores da UFC, Prof. Cândido Albuquerque; da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Prof. Hidelbrando Soares, e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Prof. Wally Menezes; do secretário-executivo de Regionalização e Modernização da Casa Civil, Célio Fernando Bezerra, e de representantes do Banco Mundial, liderados por Pierre Audinet, especialista em energia.

A Missão teve início na segunda-feira (7) e segue até esta sexta-feira (11). Os principais objetivos são discutir e definir o escopo de um programa de assistência técnica; dar seguimento à oportunidade de apresentar uma carta-consulta para criação de um fundo para a transição energética do estado do Ceará; discutir as opções de fundos de investimento e de termos financeiros do projeto, combustíveis sintéticos, dentre outros.

Imagem: mão segurando uma lâmpada que possui uma muda de planta em seu interior

A intenção é que a reunião seja a primeira de uma série de encontros para discutir a implantação de fontes de energia sustentável na região, com foco no hidrogênio verde, que vem sendo objeto de pesquisas no estado. "O Banco Mundial é uma instituição financeira que apoia o desenvolvimento. Nosso objetivo é verificar se o estado precisa de um apoio específico para acelerar a dinâmica e facilitar o processo", declarou Pierre Audinet.

Na oportunidade, os reitores e representantes das três instituições de ensino superior foram convidados a apresentar, de forma geral, as ações desenvolvidas na área. O reitor da UFC destacou a importância de, antes de tudo, trabalhar na regulamentação do hidrogênio verde no estado, e informou que a UFC dispõe de grupos focados no desenvolvimento de estudos e tecnologias, além de um laboratório que já fabrica o produto em pequena escala.

O Prof. Cândido Albuquerque ressaltou que a Universidade tem buscado trabalhar de forma holística e funcional, levando em conta fatores como armazenamento, transporte e produção em larga escala. "O estudo do hidrogênio verde requer uma abordagem integral, pois estamos pensando em substituir uma matriz energética. Estamos trabalhando em um projeto amplo que vai da produção à distribuição da energia. Precisamos saber como levar essa energia para a Europa, por exemplo. São questões que tornarão o projeto viável. Dentro de pouco tempo a UFC terá um projeto completo", destacou.

O gestor máximo da UFC enfatizou ainda a necessidade de integrar os trabalhos e pesquisas desenvolvidos pelas universidades cearenses, de forma que cada uma possa ficar com segmentos diferentes da pesquisa e "não haja retrabalho", tornando o processo mais eficiente.

Também estiveram presentes à reunião o Prof. Augusto Albuquerque, pró-reitor de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional, e a equipe do Banco Mundial formada por Megan Meyer e Carlos Costa, especialistas em energia; Luis Andres, coordenador de operações e economista principal para o setor; Alexandre Kossoy, especialista financeiro sênior, e Julia Center, analista de operações.

HUB DE HIDROGÊNIO VERDE – O Governo do Estado do Ceará, a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a iniciativa privada atuam em colaboração mútua para a instalação de um hub (polo de distribuição) de hidrogênio verde no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), localizado a 60 km de Fortaleza.

Apesar de ser um elemento químico abundante na natureza, o hidrogênio não está disponível em estado puro. Quando sua separação das outras substâncias em que se encontra é realizada a partir de energias renováveis, ele ganha a denominação de "hidrogênio verde". A tecnologia de separação a ser usada na nova usina será o processo químico de eletrólise (uso de correntes elétricas), a partir da geração solar ou eólica de energia, resultando na separação do hidrogênio sem emissões de dióxido de carbono na atmosfera.

É uma fonte de energia que pode ser misturada com o gás natural em até 20% e utilizar a mesma estrutura de canalização e distribuição do gás. Países como Estados Unidos, Rússia, China, França, Alemanha e, principalmente, Japão já investem largamente no hidrogênio como combustível.

Fonte: Gabinete do Reitor – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço

Av. da Universidade, 2853 - Benfica, Fortaleza - CE, CEP 60020-181 - Ver mapaFone: +55 (85) 3366 7300