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HUWC é destaque no tratamento de problemas auditivos; mais de 2 mil usuários de aparelhos são acompanhados

Nesta quinta-feira (3), celebra-se o Dia Mundial da Audição, data que reforça a atenção aos ouvidos, órgão responsável pelo sentido do ouvir e pelo equilíbrio do corpo. Segundo o Relatório Mundial da Audição, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado, uma em cada quatro pessoas em todo o mundo terá algum tipo de perda auditiva até 2050. A efeméride é, então, um alerta sobre os cuidados necessários na prevenção de doenças e promoção do acesso a programas de saúde auditiva.

Imagem: criança com aparelho auditivo

O Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH, é credenciado pelo Ministério da Saúde no Programa de Próteses Auditivas desde 2001 e acompanha periodicamente mais de 2.500 usuários de aparelhos. Além disso, o Programa de Implante Coclear e Próteses Auditivas implantáveis recebe pacientes com avaliação diagnóstica de perda auditiva, favorecendo a cirurgia e acompanhamento de pacientes que se submetem a implante.

É o caso de Maria do Socorro Sousa, 53 anos, diagnosticada com perda auditiva progressiva aos 22. Ela realizou implante coclear em janeiro de 2020, no ouvido direito, enquanto no esquerdo permanece usando aparelho. Socorro está sendo acompanhada pelo Serviço de Fonoaudiologia da unidade e reforça a satisfação com o procedimento e tratamento. "Hoje estou ouvindo muito bem e vivendo normalmente", declara. 

No HUWC, o Serviço de Otorrinolaringologia funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Para que seja realizada a consulta, o paciente precisa ser encaminhado pelos postos de saúde ou unidades básicas.

CAUSAS – O ouvido é um sistema ósseo, composto por canais com líquidos que estimulam as células sensoriais do equilíbrio e da audição. Segundo Sandro Coelho, otorrinolaringologista do HUWC, do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH, qualquer alteração nesse processo pode dificultar a audição ou provocar problemas auditivos e de estabilidade. O acúmulo de cera pode, por exemplo, bloquear a passagem do som, ou uma inflamação pode igualmente comprometer a percepção sonora. Sobre a higienização, reforça Sandro Coelho, o maior erro no uso do cotonete está em inseri-lo profundamente. "Não é recomendada a inserção de nenhum tipo de instrumento no conduto auditivo. O cotonete só pode ser utilizado quando o manuseio é orientado, ou com espelho ou com outra pessoa auxiliando, na limpeza das dobras da orelha e na entrada até onde é possível enxergar, sem introduzi-lo internamente. É importante ressaltar que a cera não representa uma sujeira, mas sim uma proteção do ouvido contra agentes externos"”, explica. 

Existem ainda outros tipos de ocorrência que merecem destaque, como a perda auditiva sem motivo aparente, sendo necessária a investigação médica. As principais causas desse problema, esclarece o médico, têm origem autoimune ou podem ser resultado de alguma lesão vascular e até de infecções virais e bacterianas. 

REABILITAÇÃO –  Uma vez identificado o problema auditivo, durante a infância ou na vida adulta, os tratamentos podem ser com medicamentos, procedimentos cirúrgicos ou por meio de aparelho auditivo e próteses, a depender da indicação. Em situações de perda auditiva comprovada, esclarece o otorrinolaringologista Marcos Rabelo, coordenador do Ambulatório de Diagnóstico, Habilitação e Reabilitação Auditiva (ADHRA), do HUWC, o paciente passará pelo processo de reabilitação que proporciona o restabelecimento das funções prejudicadas e auxilia a aquisição da fala e da linguagem principalmente em crianças com déficit auditivo. 

Rabelo esclarece ainda que o implante coclear, uma das opções de intervenções auditivas, é uma tecnologia que tem garantido audição de qualidade para as pessoas com níveis severos de surdez adquirida. Quando o aparelho auditivo já não funciona, a depender da circunstância, há a indicação desse implante feito por meio de procedimento cirúrgico. 

Fonte: Unidade de Comunicação Social do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH – fones: (85) 3366 8577 e 3366 8183

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