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NASA estudará possível descoberta de asteroides por alunos do Grupo de Astronomia da Seara

A possível descoberta de novos asteroides em órbita no espaço, feita por integrantes do Grupo de Astronomia da Seara da Ciência (GAS – Interestelar), foi enviada para investigação pela Agência Espacial Americana, a NASA. Os estudantes de ensino médio e membros do GAS Yasmim Azevedo, Lara Barbosa e Ricardo de Oliveira, sob orientação do Prof. Ednardo Rodrigues, analisaram imagens do telescópio Pan-STARRS, localizado no Havaí, e identificaram três asteroides até então desconhecidos.

Imagem: Lara Barbosa, Yasmim Azevedo e Ricardo Oliveira

A possível descoberta se deu no âmbito do programa Caça Asteroides, realizado em parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o International Astronomical Search Collaboration (IASC), da NASA. Em cada edição do programa, as equipes inscritas são desafiadas a analisar pacotes de imagens do espaço sideral e verificar a existência de possíveis asteroides ou outros objetos próximos à Terra.

Os relatórios dos achados são enviados à NASA, que realiza uma investigação mais detalhada dos asteroides, observando tamanho, órbita, trajetória, composição e eventual risco de colisão com a Terra. Esse processo pode levar de 3 a 10 anos e, uma vez finalizado, é chegada a hora da escolha dos nomes desses corpos celestes.

PARACURU – A equipe da Seara da Ciência, formada por Yasmim, Lara e Ricardo, todos estudantes de ensino médio de uma escola da rede privada de Fortaleza, analisou 20 pacotes de imagem do telescópio Pan-STARRS. Ao longo do trabalho, Yasmin acabou encontrando algo: três pontinhos com todas as características de asteroides.

Com a confirmação pela NASA, no futuro, a equipe terá a prerrogativa de escolher o nome dos objetos encontrados. Yasmim já tem suas ideias: deseja chamar um dos asteroides de Paracuru. “É em homenagem à cidade natal de toda a minha família, meu lugar preferido no mundo”, explica ela. Paracuru situa-se no litoral oeste cearense, distante 87 quilômetros de Fortaleza.

Imagem: asteroide

O Prof. Ednardo Rodrigues, orientador da equipe e também coordenador do Observatório Ferruccio Ginelli e bolsista do programa Cientista-Chefe, do Governo do Estado, afirmou que essa descoberta “mostra uma nova fase da era da astronomia, na qual estudantes do mundo todo podem colaborar no monitoramento de asteroides, inclusive podem descobrir asteroides potencialmente perigosos".

Esta edição do Caça Asteroides totalizou 700 inscrições de equipes no Brasil. Até outubro deste ano, terão sido disponibilizados 17.500 pacotes de imagens para análise. As atividades do GAS – Interestelar são coordenadas pelo Prof. Ednardo, e a área de astronomia da Seara da Ciência é coordenada pelo Prof. Dermeval Carneiro, que também dirige o planetário do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.

Fonte: Prof. Ednardo Rodrigues, da Seara da Ciência – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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