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Complexo Hospitalar da UFC conscientiza a sociedade sobre o Dia Mundial do Sono; conheça cuidados para dormir bem

Deitar-se à noite para dormir e acordar pela manhã parece uma rotina comum, mas nem sempre é tão simples assim. Muitas pessoas encontram dificuldades para ter um sono completo e renovador e precisam buscar auxílio profissional para alcançar esse objetivo. Neste ano, o Dia Mundial do Sono será comemorado em 18 de março, nesta sexta-feira anterior ao equinócio de outono. Para marcar a data, o Ambulatório do Sono do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH, referência no atendimento a pessoas com distúrbios do sono, traz informações sobre os cuidados necessários para garantir noites bem dormidas e as formas de tratamento para melhorar a qualidade de vida através de um sono saudável.

Imagem: O Ambulatório do Sono do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) é referência no atendimento a pessoas com distúrbios do sono (Foto: Marília Rêgo/UFC/EBSERH)

O médico Manoel Sobreira, supervisor da residência médica de Medicina do Sono do HUWC, explica que, além da necessidade de se alimentar, o sono é uma função biológica importante e essencial à vida. Durante o período em que dormimos, acontece uma série de produções hormonais e recomposição de neurotransmissores, assim como a consolidação da memória e a limpeza do cérebro. Segundo Sobreira, há uma forte relação do sono com a imunidade, pois quem dorme bem acaba tendo uma melhor resposta imunológica.

Os últimos dois anos da pandemia de covid-19 trouxeram impactos diretos à rotina, por conta do medo de adoecer ou de ter pessoas próximas acometidas pela doença, situação que gerava angústia e repercutia na forma e no tempo do repouso dos indivíduos. Pela necessidade do isolamento social, houve ainda mudanças de hábitos e perda de marcadores temporais, como horários de dormir e de acordar para as tarefas diárias, por exemplo. Em particular, os profissionais de saúde têm sido fortemente afetados por fatores como sobrecarga de trabalho, escalas intensas, medo, distanciamento da família, exaustão e dificuldades do sono.

CASO CLÍNICO –  Há quatro anos, o paciente Luís Costa, de 33 anos, foi diagnosticado com apneia obstrutiva do sono, quando a companheira percebeu que ele apresentava paradas de respiração enquanto dormia. A apneia obstrutiva do sono é um transtorno com redução ou interrupção do fluxo respiratório durante o sono. Pacientes com esse problema relatam queixas frequentes de ronco, sonolência excessiva, falta de concentração, cansaço e dores de cabeça. Há dois anos e meio, Luís tem sido acompanhado e vem utilizando o CPAP, aparelho com uma pressão positiva no ar que atua de forma a manter constante a respiração do indivíduo. Ele já consegue perceber uma melhora em sua rotina de sono. 

"Reconheço que uma noite bem descansada regenera e melhora bastante todas as funções do corpo. O tratamento ainda está em evolução e tenho conseguido dormir seis horas por dia, o que já tem me mantido disposto", compartilha. A exemplo de Luís, ao perceber sintomas, é fundamental procurar um especialista em Medicina do Sono para investigar as causas através de uma avaliação cuidadosa.

ORIENTAÇÕES – De maneira prática, Manoel Sobreira reforça que, no dia a dia, todas as pessoas devem fazer a higiene do sono. O primeiro passo é manter um horário bem estabelecido para deitar e levantar, pois essa regularidade ajuda no processo de sincronização do organismo. Outra atitude fundamental é evitar bebidas cafeinadas no período noturno, como café, refrigerantes, chocolate, chá preto e chá mate, por conterem substâncias energéticas. O ambiente para dormir deve ser adequado, silencioso, aconchegante e com temperatura confortável. A prática de atividade física regular é necessária para a saúde do corpo, porém recomenda-se que seja feita de manhã. 

Imagem: De maneira prática, Manoel Sobreira reforça que, no dia a dia, todas as pessoas devem fazer a higiene do sono (Imagem: Divulgação)

Quem enfrenta dificuldades para adormecer deve evitar exercícios físicos próximos à hora de dormir, pois o corpo pode se manter agitado. Outra medida indispensável é evitar o uso à noite de equipamentos eletrônicos, principalmente os que possuem telas, como celulares, tablets, televisores e computadores. Esses aparelhos devem ser utilizados no período diurno, e não, perto do horário de se deitar. "Todos esses cuidados nos ajudam a ter boas noites de sono e consequentemente ânimo e saúde nos nossos dias", ressalta o médico.

SERVIÇO – Os distúrbios de sono mais comumente atendidos no Ambulatório Interdisciplinar do Sono do HUWC são insônia crônica e apneia obstrutiva do sono, embora, dentre as mais de 80 doenças do sono, há várias delas abordadas no serviço. Para marcação de consultas no ambulatório, o paciente deve ser encaminhado pela Unidade Básica de Saúde de sua localidade. O funcionamento do serviço é sempre às quartas-feiras pela manhã, das 7h às 12h, nas Policlínicas Especializadas (Ilhas), do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH.  

Fonte: Unidade de Comunicação Social do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH – fones: (85) 3366 8577 e 3366 8183

Endereço

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