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PRAE convida coordenadores para live de pré-lançamento do edital de seleção de projetos de Iniciação Acadêmica em 2023

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da Universidade Federal do Ceará realiza o pré-lançamento do Edital de Seleção de Projetos para Atuação de Bolsistas do Programa de Iniciação Acadêmica 2023, nesta terça-feira (8), às 10h, de forma on-line, pelo Google Meet. São convidados servidores docentes e técnico-administrativos, atuais e potenciais coordenadores de projetos a serem contemplados pelas bolsas, de Iniciação Acadêmica, mais conhecidas pela sigla BIA.

Para 2023 serão ofertadas até 1.800 bolsas que beneficiarão alunos de cursos presenciais de graduação da UFC em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O Programa de Iniciação Acadêmica integra o Programa de Assistência Estudantil da PRAE e objetiva proporcionar aos estudantes do grupo mencionado condições de permanência na Universidade, reduzindo o risco de evasão e propiciando a obtenção de desempenho acadêmico satisfatório, mediante o engajamento nos projetos.

Imagem: estuantes participam de jornada acadêmica

Como está definida na minuta do edital a ser lançado, os atuais e novos coordenadores poderão inscrever projetos em duas linhas de atuação:

– UFC Integra, voltada para alunos a partir do segundo semestre de cursos de graduação, que deverão cumprir 12 horas semanais, em projetos que prestarão serviços universitários à comunidade acadêmica, e ainda, atividades de ensino, pesquisa, extensão e apoio à gestão da assistência estudantil.

– Inter Pró-Reitorias, também destinada a alunos de graduação a partir do segundo semestre. Os quais deverão cumprir 12 horas em projetos cadastrados nas Pró-Reitorias de Graduação, Extensão, Pesquisa e Pós-Graduação e Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional, preferencialmente aqueles que não foram contemplados ou foram contemplados de forma insuficiente com bolsas de agência de fomento.

Na live, os atuais e futuros coordenadores poderão conhecer todos os detalhes do edital e obter esclarecimentos em relação ao Programa de Iniciação Acadêmica do Programa de Assistência Estudantil da PRAE e, assim, contribuir com seus projetos para a formação dos estudantes.

INCLUSÃO – Para a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Profª Geovana Cartaxo, a importância do Programa de Iniciação Acadêmica “se dá pelo cuidado na inserção do estudante no mundo universitário, por ter foco nos primeiros semestres, essa bolsa ajuda nesse momento de transição e inclusão [do novo aluno]”. Ela esclarece que as Bolsas BIA podem beneficiar estudantes já a partir do primeiro semestre, mas esses calouros não se engajam ainda nos projetos, embora recebam o acompanhamento da equipe da PRAE, formada por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e nutricionistas.

Ela acrescenta que “o momento mais importante da Bolsa BIA é a inserção nos projetos [a partir do segundo semestre como dito na minuta do edital], quando o aluno participa da vida universitária mais intensamente, colaborando em uma pesquisa, extensão, projetos de servidores, e com a convivência com um orientador e uma equipe se desafia no aprendizado mais prático e aplicado do conhecimento”.

PROJETOS INSPIRADORES – Neste ano, 1.461 alunos dos campi do Interior e de Fortaleza foram beneficiados com bolsas dos diversos projetos do Programa de Iniciação Acadêmica, nas mais diversas áreas. Os coordenadores – servidores docentes e técnico-administrativos – reconhecem a relevância dos projetos na formação dos alunos. Abaixo, alguns coordenadores falam das experiências.

A Profª Nilce Viana Gramosa Pompeu de Sousa Brasil, do Departamento de Química Orgânica e Inorgânica, coordena o projeto das Olimpíadas de Química: “Olimpíada Cearense de Química”, “Olimpíada Cearense do Ensino Superior de Química” e “Olimpíada Brasileira do Ensino Superior de Química”, que este ano foram contemplados com um total de 48 bolsas de iniciação acadêmica, envolvendo estudantes de diferentes cursos de graduação da UFC.

“A participação destes bolsistas nas atividades dos projetos permitiu que estes descobrissem um novo leque de possibilidades para suas formações acadêmicas, e ainda pudessem contribuir na preparação de estudantes olímpicos com a elaboração de materiais didáticos na forma de e-books, valorização das mulheres da química e divulgação científica através das mídias sociais”, comenta ela.

Na Faculdade de Direito, o Prof. Emmanuel Teófilo Furtado Filho coordena dois projetos, cada um com quatro bolsistas. No “Primeiro Passo Jurídico” eles atuam na secretaria do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faculdade. No outro projeto, “Programa de Apoio à Defensoria Pública do Estado do Ceará”, os bolsistas acompanham os processos recebidos pelo NPJ.

O professor ressalta o fato de os projetos propiciarem aos bolsistas uma imersão de 12 horas semanais na prática jurídica, promovendo ações pedagógicas de integração entre teoria e prática e ressalta o aspecto financeiro, que auxilia os estudantes com mais um incentivo à permanência na Universidade. “Ademais, o caráter social das atividades realizadas põe os bolsistas em contato direto com a concretização do acesso à justiça, iniciando e aperfeiçoando uma consciência social indispensável aos futuros juristas”, considera ele.

Na Seara da Ciência, espaço de divulgação científica da UFC, o Prof. Ednardo Rodrigues destaca a atuação de bolsistas no projeto “Elaboração de Novos Módulos de Ensino para os Cursos Básicos de Física, Matemática e Astronomia”, que ele coordena ao lado do diretor da Seara, Prof. Ilde Guedes. “Nossos bolsistas, além de receberem visitantes do Museu, também realizam pesquisa em diversas áreas. Temos alunos estudando sobre a matéria escura, tido como um dos maiores mistérios do universo. Também bolsistas que nos ajudam a fazer um minifoguete a combustível sólido. E também temos alunos da Física pesquisando sobre a Teoria de Tudo que ficou conhecida no filme com mesmo nome, o qual conta a biografia do físico Stephen Hawking”, detalha.

O Prof. Ednardo considera importante a bolsa para a permanência do jovem no ambiente acadêmico e ressalta a iniciação acadêmica como um momento de grande aprendizado para o aluno. Os conhecimentos adquiridos e vivenciados “são noções que um dia eles podem precisar em suas carreiras seja no meio acadêmico ou na indústria”, afirma.

Imagem: no salão da Seara da Ciência, estudantes observam esqueleto de dinossauro

Biólogo do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) desde 1993, Wilson Franklin coordena o projeto “Coleção de Annelida do Labomar – Manutenção e Ampliação”. Assim como ele, outros colegas técnicos de nível superior (TNS) – e não somente docentes – são responsáveis por outras coleções científicas e que também têm bolsistas BIA. Com mestrado em Ciências Biológicas (Zoologia) pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e doutorado em Ciências Marinhas Tropicais pela UFC, ele fala da importância de TNS coordenarem projetos, colaborando para a formação dos alunos, e também da existência de bolsas como a BIA.

“Mesmo em relação à parte mais técnica das profissões, há vários aspectos práticos que não são abordados nos conteúdos curriculares e têm que ser vividos na prática cotidiana. As bolsas BIA possibilitam esse aprendizado complementar, além de serem uma oportunidade e incentivo para a permanência dos estudantes de baixa renda na Universidade. Essa parte mais prática, sem perder o rigor técnico, não é exclusividade dos professores, sendo nós, técnicos, perfeitamente capazes de participar e contribuir para a formação de pessoal qualificado”, pondera Wilson.

Sob coordenação da Profª Mary Anne Medeiros Bandeira, no “Projeto Farmácias Vivas: conservação preventiva e curativa e garantia ao acesso ao acervo científico sobre plantas medicinais do Prof. Francisco José de Abreu”, bolsistas de iniciação científica aprendem e ajudam na tarefa de preservar a documentação que pertence à UFC, relativa a tantos conhecimentos deixados pelo criador das Farmácias Vivas. Além disso, ela diz que eles estudam “in loco” as espécies do Horto de Plantas Medicinais Professor Francisco José de Abreu Matos. Atualmente ela conta com quatro bolsistas.

Imagem: jovem de pele negro posa para câmera; ao fundo, campo verde

BOLSISTA – Os frutos de políticas afirmativas como as de assistência estudantil e incentivo à iniciação acadêmica podem ser comprovados com trajetórias como a do jovem Isaías da Câmara, 24 anos, natural de Beberibe, litoral leste do Ceará. Graduado em Oceanografia pela UFC entre 2016-2020 como outros alunos ele foi beneficiado por ações de incentivo à permanência na Universidade, sendo uma delas a concessão da Bolsa de Iniciação Acadêmica. Depois de passar em quatro concursos públicos, hoje ocupa o cargo de analista ambiental no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no Núcleo de Gestão Integrada de Bragança no Estado do Pará.

No Instituto ele desenvolve atividades de conservação e proteção da biodiversidade, de fiscalização e proteção ambiental e de aspectos socioambientais ligados a comunidades tradicionais de Reservas Extrativistas Marinhas, entre outras. “A BIA, além da ajudar do ponto de vista financeiro, também foi responsável por me inserir em laboratórios e projetos de pesquisas, além de facilitar a integração e a troca de ideias e experiências com outros bolsistas e com os tutores, o que contribuiu para a minha inserção na área de atuação dentro do curso e foi preponderante, por exemplo, para a ocupação de outros espaços importantes, como o Programa de Educação Tutorial (PET) e Programas de Ensino, posteriormente”, conta ele.

Diante disso, Isaías reitera a importância da UFC, uma universidade pública, como transformadora de realidades, associada a ações responsáveis pela permanência de estudantes de baixa renda na universidade, sobretudo nos primeiros momentos da graduação.

Fonte: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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