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Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH inicia campanha alusiva ao Dia Mundial de combate à AIDS, 1º de dezembro

“Dezembro Vermelho” é mês de conscientização sobre o HIV (vírus da imunodeficiência humana) e a AIDS (síndrome da imunodeficiência adquirida) - siglas em inglês. O 1º de dezembro foi instituído como o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. Nesse contexto, o Complexo Hospitalar da Universidade Federal do Ceará/Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) busca sensibilizar a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento como caminhos para enfrentar o vírus e a doença.

Neste mês da campanha, num estande montado no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), unidade integrante do Complexo Hospitalar, a população pode obter informações, tirar dúvidas e ficar esclarecida sobre HIV/AIDS.

Imagem: O Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH se engaja na campanha para sensibilizar a população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de HIV/AIDS (Imagem: Divulgação)

Segundo o relatório mais recente do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), cerca de 38 milhões de pessoas estavam vivendo com HIV em 2021. No Brasil, foram 13.501 casos notificados neste mesmo período, conforme dados do Ministério da Saúde. Já no Ceará, de janeiro a outubro de 2022, a Plataforma Integra SUS tem registradas 1.184 pessoas nesta condição.

A informação, os cuidados preventivos e o tratamento adequado são essenciais no enfrentamento desse quadro. O infectologista Matheus Mota, do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), unidade integrante do Complexo Hospitalar, afirma que desde que o paciente tenha a oportunidade do diagnóstico e faça o tratamento adequado, o quadro não evoluirá para o estágio de AIDS.

HIV/AIDS – O médico esclarece que o HIV é um vírus que ataca as células de defesa do corpo, especificamente as células chamadas “CD 4”. Esse ataque enfraquece o organismo, tornando-o vulnerável a outras infecções. É comum que o indivíduo não tenha sintomas ou apresente sinais semelhantes a uma gripe comum, como febre, dor de cabeça, cansaço e inflamação na garganta.

A evolução da infecção aguda pelo HIV até um possível adoecimento pela AIDS costuma demorar entre oito a 10 anos, segundo o especialista, e os sintomas tendem a se agravar neste período, apresentando diarreia, perda de peso e memória, além do adoecimento pelas chamadas “doenças oportunistas”, infecções causadas por micro-organismos que se aproveitam da imunidade baixa.

A prevenção e o combate ao HIV e à AIDS devem ser feitos de maneira combinada. A primeira medida é buscar evitar que a pessoa se exponha ao vírus, e isso é possível com o uso de preservativo nas relações sexuais e no não compartilhamento de seringas e de materiais perfurocortantes.

Já existem também os medicamentos de profilaxia para as situações de possível contaminação por HIV. A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é utilizada antes de uma situação de risco de contágio, reduzindo a possibilidade de infecção. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) é uma combinação de antirretrovirais após alguma possibilidade de contaminação, como em casos de violência sexual, acidente com material perfurocortante e rompimento da camisinha.

Embora ainda não exista vacina contra o HIV, os estudos na área estão avançados, bem como os tratamentos. Atualmente, o médico informa que os tratamentos de pacientes com HIV/AIDS têm sido feitos com medicação, com uma quantidade reduzida de comprimidos e com menos efeitos adversos, garantindo mais qualidade de vida ao paciente.

“O paciente que descobre e faz o tratamento adequado, seguindo as recomendações, tem uma expectativa de vida semelhante à população não infectada”, confirma o infectologista. Inclusive, com os devidos cuidados, é possível alcançar uma carga viral considerada indetectável, ocasião em que a pessoa já não transmite o vírus, mas recomenda-se a permanência dos cuidados preventivos.

Um alerta dos especialistas é que há situações em que a pessoa infectada não apresenta sintomas e pode estar contaminando outras pessoas. Por isso, o rastreio através do exame de sangue (em laboratório ou teste rápido) ou de saliva é extremamente importante. A investigação precisa ser feita de forma recorrente, para que, em caso de resultado positivo do exame, o paciente seja encaminhado para um serviço especializado onde, com orientação médica, haverá a indicação de medicamentos antirretrovirais. Nos exames pré-natais, inclusive, essa é uma etapa necessária para que a gestante seja tratada de forma imediata, evitando a transmissão vertical de mãe para filho.

Importante: tanto o diagnóstico como o tratamento são garantidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), assim como a distribuição de preservativos gratuitos nos postos de saúde.

Além disso, a campanha informa ainda que o paciente, como todo cidadão, tem direito a uma vida comum. São pessoas que não podem ser discriminadas e que detêm direitos também por sua condição, o que são garantias estabelecidas, respectivamente na Lei nº 12.984, de 2 de junho de 2014, que determina como crime qualquer discriminação cometida contra a pessoa que vive com HIV; e na Declaração dos Direitos Fundamentais da Pessoa Portadora do Vírus da AIDS, de 1989, disponível no site do Ministério da Saúde (link: Direitos das PVHIV).

Saiba mais no site da Unidade de Comunicação do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH.

Fonte: Unidade de Comunicação Social do Complexo Hospitalar da UFC/EBSERH – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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