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Agência UFC: Estudo prevê extinção de espécie da caatinga caso mudanças climáticas se agravem

Em estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará, uma importante representante da biodiversidade da caatinga ganhou protagonismo: a espécie Holoregmia viscida, planta com forte ligação ao clima semiárido. A pesquisa constata que a espécie pode chegar à extinção por conta das mudanças climáticas globais.

Apesar de o gênero Holoregmia ser endêmico da caatinga, existindo somente nesse bioma e tendo evoluído para se adaptar a ele, a extinção da espécie é um cenário possível de acontecer em menos de um século diante de um agravamento da situação climática global, de acordo com o que o estudo da UFC projeta.

Imagem: A planta Holoregmia viscida, cujo gênero é endêmico da caatinga, existindo somente nesse bioma(Foto: Reprodução/Sinzinando Albuquerque)

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores utilizaram a chamada modelagem preditiva de distribuição de espécies, tipo de modelo matemático que utiliza algoritmos e variáveis ambientais para prever como estará o nicho de determinada espécie em um espaço de tempo específico.

A possibilidade de extinção da espécie surge a depender do cenário futuro avaliado, mudando conforme se altera o nível de emissão de gases que contribuem para o aquecimento global. No pior deles, em que o uso de combustíveis fósseis e a consequente emissão desses gases segue aumentando, a expectativa é de redução drástica da espécie até 2060 e extinção em até 20 anos depois.

Os detalhes completos da pesquisa estão disponíveis na matéria desta semana da Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade.

Fonte: Prof. Marcelo Moro, do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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