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DIA DA MULHER: reconhecimento e gratidão àquelas que contribuem com amor e dedicação para o engrandecimento da UFC

A efeméride desta quarta-feira, quando se celebra o Dia Internacional da Mulher, convida-nos a, mais que render merecidas homenagens, também pensar na importância e nas demandas daquelas que estão de uma ponta a outra da Universidade Federal do Ceará.

Diuturnamente, as mulheres seguem contribuindo com dedicação para o engrandecimento de nossa Casa: sentadas nos bancos escolares, na condução de aulas, na colocação de sua expertise técnica a serviço da Instituição, no contato direto com o público, na liderança da produção científica em nossos laboratórios, no trato com a população nas práticas extensionistas.

Imagem: Reitoria da UFC

Elas também nos lembram quão longe ainda estamos (embora sigamos no caminho) de oferecer-lhes tratamento digno e igualitário, que faça jus à sua relevância em nossa Universidade, Estado, País e mundo.

Reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o Dia Internacional da Mulher remonta a movimentos trabalhistas do início do século XX, mais precisamente em 1908, quando mulheres marcharam pela cidade de Nova Iorque exigindo salários melhores, direito ao sufrágio e redução das jornadas de trabalho. Antes sem data fixa, o 8 de março (8M) foi escolhido por ter sido o dia adotado por ativistas russas para realizar, em 1917, um movimento semelhante ao de 1908, que entrou para a história sob o nome de "Marcha por Pão e Paz".

Precisamos valorizar as que vieram antes de nós e preparar o terreno para as que nos sucederão, como alunas, professoras, servidoras técnico-administrativas, colaboradoras terceirizadas e gestoras.

As pioneiras foram poucas, apesar de notáveis. Perenizando o legado de exemplos como Ana Nogueira Gondim e Hilda de Sousa Guimarães, as duas primeiras médicas graduadas pela Faculdade de Medicina do Ceará, em 1953, e Aracy Tavares de Andrade Furtado, primeira engenheira civil egressa da Escola de Engenharia do Ceará, em 1962, as mulheres permanecem ocupando espaços institucionais com a pujança e delicadeza que lhes é característica.

Hoje, correspondem a 49% de nosso quadro geral de servidores, já sendo maioria na categoria técnico-administrativa, na qual chegam a 55%. É por elas e pelas 11.074 estudantes regularmente matriculadas nos cursos de graduação da UFC que precisamos fazer uma autocrítica e estampar a cor roxa, associada aos movimentos de mulheres. Ela significa justiça e dignidade, remetendo às fitas usada pelas sufragistas inglesas na última década do século XIX.

A ONU declarou, em 2023, que o tema da data internacional é “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para igualdade de gênero”. Neste período recente, em que somos assolados por notícias tristes da perpetuação de crimes como feminicídio, assédio sexual e discurso de ódio, é mais urgente ainda um exame de consciência enquanto sociedade e, principalmente, ação. Não é utópico acreditar que as coisas precisam e devem mudar, na Internet e, sobretudo, no mundo off-line.

A administração superior congratula-se com todas as mulheres que constroem a UFC. Nossos sinceros parabéns.

Prof. José Cândido Lustosa Bittencourt de Albuquerque
Reitor

Prof. José Glauco Lobo Filho
Vice-reitor

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