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Agência UFC: Crianças têm mais risco de sofrer experiências adversas quando há ausência paterna e mãe não tem rede de apoio social

Crianças que moram em lares onde a mãe cria filho sem ajuda do companheiro, não conta com uma rede de apoio social e é fumante têm probabilidades maiores de ser expostas a circunstâncias adversas, aponta estudo recente publicado por pesquisadores da Universidade Federal do Ceará. As experiências adversas na infância (EAI) são eventos potencialmente traumáticos que ocorrem nessa etapa da vida e podem influenciar diretamente no desenvolvimento infantil. Abuso físico e emocional são os mais recorrentes no Estado.

Imagem: Sombras na parede de criança de mãos dadas com adulto

Estima-se que comportamentos violentos aos quais crianças são expostas podem estar associados a até 45% dos transtornos da infância e a até 32% daqueles que surgem posteriormente. O estudo aponta que a maior prevalência e intensidade das EAIs estão associadas a desfechos negativos, como problemas de saúde mental, doenças crônicas, doenças infecciosas e comportamentos de risco, como tabagismo e alcoolismo.

Um dos diferenciais do estudo é que, além de estimar a prevalência das EAIs, ele identifica os fatores de risco e proteção dessas experiências adversas na primeira infância, algo que pouquíssimas pesquisas realizam. Dos achados, foi verificado que as crianças que não moram com o pai têm quatro vezes mais chances de ser expostas a situações adversas do que aquelas que vivem com a figura paterna.

Já as crianças cujas mães informaram falta de apoio social de amigos e familiares têm quase três vezes mais probabilidade de enfrentar situações violentas. Filhos de mães fumantes, por sua vez, tiveram 71% mais chances de ter pontuações altas para incidência de EAI. A insegurança alimentar e o desemprego na família também estão entre os principais fatores para essas circunstâncias adversas, elevando em 71% e 41% as probabilidades respectivamente.

O estudo é tema da reportagem desta semana da Agência UFC, canal de divulgação científica da Universidade. A matéria conta como a pesquisa foi feita e discute as razões para os resultados encontrados.

Fontes: Prof. Hermano Rocha, do Departamento de Saúde Comunitária da UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.; Iara Martins, mestra em Saúde Pública pela UFC – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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