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Pesquisadores do LABOMAR iniciam projetos de educação ambiental em Jericoacoara

Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR) da Universidade Federal do Ceará realizaram, no período de 11 a 15 deste mês, uma série de atividades de educação ambiental e divulgação científica na região do Parque Nacional de Jericoacoara, no litoral oeste do Ceará. Eles estiveram na Vila de Jeri, em Jijoca de Jericoacoara, Cruz e Camocim.

As ações desenvolvidas são as primeiras no âmbito dos projetos Jeri na Década do Oceano: Criação do Centro de Visitantes no Parque Nacional mais Visitado do Norte e Nordeste do Brasil e Universidade Azul na Costa Semiárida: Divulgação Científica e Educação Oceânica na Década dos Oceanos, ambos coordenados pelo Prof. Marcelo Soares, do LABOMAR.

Imagem: A equipe tem como foco no desenvolvimento sustentável e científico como forma de contrabalançar a tendência crescente de turismo (Foto: divulgação/LABOMAR)

O primeiro projeto mencionado tem financiamento total no valor de R$ 220 mil, sendo R$ 165 mil oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e R$ 55 mil da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). Já o Universidade Azul na Costa Semiárida: Divulgação Científica e Educação Oceânica na Década dos Oceanos conta com financiamento no valor de R$ 387.924,00 do CNPq.

Esses recursos serão investidos em bolsas de extensão, custeio de ações e criação de infraestrutura na região com foco no desenvolvimento sustentável e científico como forma de contrabalançar a tendência crescente de turismo de massa naquela área. Somente no ano passado, o parque recebeu 1 milhão e 600 mil visitantes, o que o coloca como o parque mais visitado do Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil e o segundo mais visitado do País.

De acordo com o Prof. Marcelo Soares, as atividades desenvolvidas pelo LABOMAR pretendem contribuir não apenas para a gestão do Parque, mas também “proteger a comunidade local dos efeitos negativos do turismo descontrolado e contribuindo para promover um turismo sustentável e de base comunitária.” Visa também, segundo ele, “fortalecer na comunidade local os laços de pertencimento comunitário e consequentemente as atitudes de compromisso com as políticas ambientais e de desenvolvimento sustentável.”

ATIVIDADES – Nos cinco dias de atividades, o Prof. Marcelo Soares se fez acompanhar dos pesquisadores Tatiane Martins, Sergio Rossi, Claudia Finger, Pedro Arruda, Tallita Tavares, Tommaso Giarrizzo, Lidriana de Sousa Pinheiro e Hortência de Sousa Barroso, todos do LABOMAR, e da Profª Eveline Aquino, da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), que também integra a equipe dos projetos.

Imagem: As atividades foram realizadas nos diversos locais do Parque Nacional de Jericoacoara (Foto: divulgação/LABOMAR)

Para viabilizar os trabalhos, os pesquisadores vão atuar em parceria com os gestores públicos da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA), que gerencia a Área de Preservação Ambiental (APA) da Lagoa de Jijoca, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), que, por sua vez, gerencia o Parque Nacional de Jericoacoara.

As reuniões e atividades de campo realizadas nos diversos locais do Parque Nacional de Jericoacoara tiveram como objetivo coletar dados no polo turístico de Jericoacoara, reconhecer os principais ambientes sob forte pressão turística (Pedra Furada, manguezais, dunas, dentre outros) e adequar o cronograma e o plano de trabalho em articulação com os gestores públicos de 2023 a 2025.

Os pesquisadores também estiveram na escola da Vila de Jericoacoara visando fortalecer ações integradas da educação básica com a Universidade para a realização de feiras de ciências e formação de professores com foco na educação ambiental devido à necessidade da implantação das escolas de tempo integral. O Prof. Marcelo Soares adianta que atividades nesse sentido já estão previstas para setembro, como a realização de encontros entre alunos das escolas públicas com pesquisadores/cientistas para conversas informais, cara a cara.

Os projetos também propõem treinamento, capacitação e qualificação de turismo sustentável e preservação da zona costeira e marinha para guias turísticos, condutores de veículos e escolas, bem como a criação de um centro de recepção e de visitantes na área com exposições temporárias e fixas para turistas e moradores.

Com informações do LABOMAR

Fonte: Prof. Marcelo Soares, docente do LABOMAR e coordenador dos projetos – fone: (85) 3366 7010

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