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Agência UFC: técnica desenvolvida por pesquisador da Faculdade de Medicina garante aulas de anatomia mais realistas

Peças mais duradouras e resistentes, atóxicas e sem cheiro. Esses são alguns dos benefícios da técnica de plastinação, utilizada para conservação de materiais de estudo a serem usados em disciplinas de anatomia. A Universidade Federal do Ceará (UFC) foi pioneira no Norte-Nordeste na implantação desse procedimento, realizado pelo Laboratório de Plastinação (LabPlast), na Faculdade de Medicina, e que desde 2016 colabora no tratamento de peças anatômicas naturais a serem usadas por diversos cursos de graduação e pós-graduação.

Imagem: peças anatômicas plastinadas

Este ano, a equipe do LabPlast inova mais uma vez com o registro, por meio de carta-patente concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), de um novo processo associado à plastinação, conferindo mais realismo e riqueza de detalhes às peças. Tendo como inventor principal o servidor técnico-administrativo Helson Silveira, coordenador do LabPlast, o método promete otimizar as aulas de anatomia, possibilitando aos estudantes compreender especificidades estruturais de órgãos e tecidos. 

A plastinação é um procedimento de preservação de materiais biológicos e consiste na extração e substituição dos líquidos corporais por resinas plásticas, como silicone, poliéster e epóxi. Dentre as suas vantagens, estão a melhor conservação dos tecidos, o aumento da durabilidade das peças anatômicas e a manutenção da morfologia natural das estruturas. Todavia, o procedimento possuía um fator limitante: a perda de colorações naturais das peças. 

Explica Helson Silveira que os pesquisadores da UFC desenvolveram um procedimento que sofistica a plastinação mediante o uso de pigmentos, gerando nos materiais tons de cores similares aos da realidade. “A grande vantagem é a melhoria da qualidade didática da peça plastinada, permitindo diferenciação entre tecidos e estruturas anatômicas. Outra é a praticidade, evitando todo um trabalho de pintura, e, adicionalmente, precisão, visto que podemos aplicar os pigmentos direcionados a regiões específicas de interesse através da rede vascular”, detalha.

Saiba mais sobre a inovação em matéria desta semana da Agência UFC, veículo de divulgação científica da universidade. 

Fonte: Helson Silveira, coordenador do LabPlast – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. 

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