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Estudante de Engenharia Civil é aprovada em programa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts

A estudante Sabrina Cabral, do Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Ceará, foi selecionada para um microfinanciamento concedido pelo programa MIT SOLV [ED], do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA). O recurso será destinado ao projeto Ruma, conduzido por Sabrina, que tem como objetivo prover suporte para o desenvolvimento de jovens lideranças vindas de minorias sociais, sobretudo na região Nordeste do Brasil.

Concebido há cerca de um ano e meio dentro da Rede CUCA, da Prefeitura de Fortaleza, e tendo por fundamentos as metodologias ativas de aprendizagem do Programa de Aprendizagem Cooperativa em Células Estudantis da UFC (PACCE), o projeto Ruma já impactou mais de 300 jovens por meio de atividades de protagonismo, sustentabilidade, saúde mental e empreendedorismo.

Imagem: O projeto Ruma, conduzido pela estudante Sabrina Cabral, já impactou mais de 300 jovens por meio de atividades de protagonismo, sustentabilidade, saúde mental e empreendedorismo (Foto: Divulgação)

"Percebi, ao longo da faculdade, que os espaços não eram feitos para as minorias sociais, principalmente dentro dos cursos de ciências e tecnologia. A elitização do ensino superior e a meritocracia afetam negativamente a saúde mental dessas juventudes, roubando delas o direito de resolver os problemas sociais. Se não fossem os dois anos dentro do PACCE, jamais saberia como mudar esse cenário. Nele eu recebi suporte para desenvolver minha criatividade e aprendi a valorizar a minha história a partir de estratégias educacionais", comenta Sabrina Cabral.

Contemplada no início de setembro, Sabrina irá empregar os recursos em ações diante de um grande desafio: como tornar mais inclusivos os ambientes decisórios na sociedade. "Durante meu processo de carreira internacional, eu me incomodei com o fato de brasileiros brancos do eixo centro-sul do País serem maioria em programas como o SOLV [ED] e outras iniciativas de que participei. Desse modo, durante os próximos três meses utilizarei o recurso para investigar os fatores que impedem os grupos minoritários de avançar em locais de tomada de decisão, desde o acesso à informação até a criação de espaços de acolhimento para a juventude", detalha.

Essa é a terceira vez que Sabrina é agraciada com uma premiação relacionada à sua pesquisa. O ingresso no MIT SOLV [ED] foi fruto de outra conquista, o apoio recebido para aceleração de projetos sociais pelo Prêmio Mude o Mundo como uma Menina, da plataforma educacional Força Meninas. A instituição brasileira é membra do SOLV [ED], ao lado de instituições como a Universidade de Nagoia (Japão) e a Universidade dos Andes (Colômbia). O programa já reuniu mais de 230 participantes de todo o mundo em workshops que vão desde a criação de um propósito até o design de soluções.

"Dentro da comunidade [da plataforma educacional Força Meninas], participei de uma seleção e o projeto foi escolhido para receber uma das 16 microconcessões exploratórias para apoiar a pesquisa e a criação de soluções. Meu objetivo é usar os dados obtidos nessa pesquisa para produções científicas futuras sobre os temas de sustentabilidade e comunidades sustentáveis", destaca.

O projeto ainda recebeu outros reconhecimentos, como o I London Leadership Competition e foi um dos 30 projetos brasileiros selecionados para o programa Sustainability Leaders da comunidade United People Global. Atualmente recebe apoio do Programa Bolsa Jovem da Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Juventude de Fortaleza e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

SAIBA MAIS – Iniciativa do MIT, o SOLV [ED] foi projetado para despertar o empreendedorismo em jovens de 24 anos ou menos, encorajando, inspirando e apoiando-os a se tornar solucionadores de problemas em suas comunidades e no mundo. Com uma comunidade de membros, organizações de jovens, provedores de educação e outros líderes intersetoriais, a SOLV [ED] irá equipar os jovens com conhecimento, ferramentas e recursos para praticar a identificação de problemas e o design de soluções.

Já o Força Meninas é uma plataforma educativa voltada para meninas de 6 a 18 anos, que atua de maneira multidisciplinar em programas que desenvolvem habilidades do século XXI e as capacita para criar uma mudança no mundo. Coordena ainda o Prêmio Mude o Mundo como uma Menina, que está com inscrições abertas.

Fonte: Sabrina Cabral, estudante do Curso de Engenharia Civil – e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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