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MAUC recebe até 24/03 as exposições "Paisagens Imaginárias", "Cadernos de Aula" e "Im[per]manências"

O Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC) abriu, no último sábado (11), as exposições Paisagens Imaginárias, de Sônia Figueiró; Cadernos de aula – Desenhos e outros estudos, de Aléxia Brasil; e Im[per]manências, de Aline Basso. O evento de inauguração das mostras, gratuito e aberto ao público, aconteceu de 9h às 13h.

Imagem: reprodução de obra de arte multicolorida da exposição "Paisagens imaginárias"

A proposta de Paisagens imaginárias é exercitar o olhar e refletir sobre a transitoriedade e transformação humana, bem como da cidade. A percepção sobre o tempo e o ciclo repetitivo da vida, sobre nosso modo de pensar e sentir o mundo, conforme define a artista plástica Sônia Figueiró. A mostra é composta por 25 trabalhos em técnica mista (arte digital, impressões em fine art, nanquim, tinta acrílica e giz pastel) da mais recente produção da artista.

Para Roberto Galvão, curador da exposição, “as composições são maduras e sofisticadamente construídas; a harmonia das cores envolve o nosso olhar, nos colocando num espaço distante e nos fazendo perceber a existência imaginária de conglomerados urbanos. E na técnica? Sônia se apropria de todas as possibilidades e recursos atuais disponíveis para fazer a sua arte”.

Por sua vez, a exposição Cadernos de aula – Desenhos e outros estudos apresenta cadernos, diários gráficos e papéis soltos produzidos por Aléxia Brasil, artista plástica e professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Design da UFC. “Suportes que guardam a prática cotidiana do desenho ao longo do tempo. É uma recolha que se estende, principalmente, por volta dos últimos anos”, explica a autora. São blocos de desenhos de preparação para a pesquisa, cadernos e diários gráficos do período de pós-doutoramento em Lisboa, e diários gráficos e cadernos que continuaram a ser preenchidos com o retorno da artista a Fortaleza e a prática de desenho de observação, durante os sucessivos semestres de 2019 até 2022.

“Cada peça, cada suporte, cada caderno conta uma história. Entretanto, conversam, e por vezes, diários gráficos e cadernos de aula se confundem. O que se encontra desenhado nas páginas percorridas são paisagens urbanas, fragmentos do cotidiano e algo que atravessa os temas, e reflete sobre a prática e o ensino do desenho”, explica Aléxia Brasil. Além dos cadernos, a exposição apresenta desenhos e aquarelas feitos em folhas soltas e um papel contínuo (em formato de rolo), que foi suporte de desenhos explicativos desenvolvidos ao longo de aulas de um semestre.

Imagem: peças da exposição "Cadernos de aula"

Já a exposição Im[per]manências, da artista e professora Aline Basso, do Instituto de Cultura e Arte (ICA) da UFC, é composta por 29 desenhos e uma instalação. A mostra é resultado do processo prático da tese de doutorado intitulada “Im[per]manências: estudos sobre desenho à luz dos manuais de pintura chineses”, defendida por ela, em 2020, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, em Portugal. Aline coordena o programa de extensão Desenhando no Museu, em parceria com o MAUC.

O conceito budista da impermanência, de que tudo o que existe é transitório e está fadado a desaparecer, permeia o trabalho de Aline, cujo objetivo foi debater e experimentar, na prática do desenho, a aplicação das regras de pintura contidas em dois manuais de pintura chineses dos séculos XVII e XVIII. A exposição tem curadoria de Saulo Moreno, coordenador do Núcleo Educativo do MAUC.

Imagem: Detalhe de uma das obras da série eu-objeto da exposição Im[per]manências, de Aline Basso (Imagem: Divulgação)

Aline Basso explica que o corpo da exposição Im[per]manências foi dividido em três séries: não-objeto, outro-objeto e eu-objeto, todas elas desenvolvidas paralelamente aos estudos teóricos da tese. Nos desenhos, a artista utilizou a técnica de nanquim e grafite sobre papel e algumas obras, como mencionado, têm detalhes em bordado. Quanto à instalação, Aline Basso esclarece que se trata de "uma experiência de fragmentação. Ela envolve a ideia de que tudo o que existe, vai fragmentar-se e desaparecer. É o princípio da impermanência, talvez a principal lei que rege a existência. Essa obra ainda está em processo, ela vai ser definida quando iniciarmos a montagem. A base dela será o papel e a costura."

VISITAS – As exposições seguem em cartaz até o dia 24 de março, sendo abertas a todos os públicos. O Museu de Arte da UFC está localizado na Av. da Universidade, 2854, Benfica, e funciona de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8 às 12h e das 13 às 17h. Aos sábados, quando o horário é previamente divulgado, o funcionamento costuma ser das 9h às 13h. A entrada e o estacionamento são gratuitos.

Fonte: Museu de Arte da UFC – fone: (85) 3366 7481 / e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Endereço

Av. da Universidade, 2853 - Benfica, Fortaleza - CE, CEP 60020-181 - Ver mapaFone: +55 (85) 3366 7300